A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, iniciou sua fala na Comissão de Infra-estrutura do Senado, nesta quarta-feira (7), reagindo com veemência a uma afirmação de baixo nível do líder do DEM (ex-PFL) na casa, Agripino Maia (RN).
Clique aqui para ver o vídeo com este trecho do depoimento de Dilma (link da TV Senado)
No início dos trabalhos, Maia – que apoiou a Ditadura Militar – lembrou que nos anos 70 a ministra, então militante de um grupo que combatia o regime, mentiu ao ser torturada pelos órgãos de repressão. Ele insinuou que ela estaria fazendo o mesmo agora, em relação ao suposto dossiê com informações sobre os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Dilma rebateu a provocação e lembrou que na Ditadura era preciso mentir para salvar a vida de companheiros e que, num regime de exceção, não há espaço para a verdade, ao contrário do que ocorre na democracia.
"O que acontece ao longo do anos 70 é a impossibilidade de se dizer a verdade em qualquer circunstância. No pau de arara, com o choque elétrico e a morte, não há diálogo", disse. E prosseguiu: "Eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar falar a verdade para os torturadores, entrega os seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido na tortura, senador", enfatizou.
A ministra disse ainda que “qualquer comparação entre ditadura e democracia só pode partir de quem não dá valor à democracia brasileira”. Na época da prisão, ela tinha 19 anos. Passou três anos presa. Ela destacou a diferença entre as duas épocas.
"O regime que permite que eu fale com os senhores não tem a menor similaridade [com a ditadura]. Nós estamos em igualdade de condições humanas, materiais. Não estamos no diálogo entre o pescoço e a forca, senador. Por isso acredito e respeito esse momento. Isso é algo que é o resgate desse processo que ocorreu no Brasil", afirmou.
A ministra está na comissão do Senado para falar sobre o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
No início dos trabalhos, Maia – que apoiou a Ditadura Militar – lembrou que nos anos 70 a ministra, então militante de um grupo que combatia o regime, mentiu ao ser torturada pelos órgãos de repressão. Ele insinuou que ela estaria fazendo o mesmo agora, em relação ao suposto dossiê com informações sobre os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Dilma rebateu a provocação e lembrou que na Ditadura era preciso mentir para salvar a vida de companheiros e que, num regime de exceção, não há espaço para a verdade, ao contrário do que ocorre na democracia.
"O que acontece ao longo do anos 70 é a impossibilidade de se dizer a verdade em qualquer circunstância. No pau de arara, com o choque elétrico e a morte, não há diálogo", disse. E prosseguiu: "Eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar falar a verdade para os torturadores, entrega os seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido na tortura, senador", enfatizou.
A ministra disse ainda que “qualquer comparação entre ditadura e democracia só pode partir de quem não dá valor à democracia brasileira”. Na época da prisão, ela tinha 19 anos. Passou três anos presa. Ela destacou a diferença entre as duas épocas.
"O regime que permite que eu fale com os senhores não tem a menor similaridade [com a ditadura]. Nós estamos em igualdade de condições humanas, materiais. Não estamos no diálogo entre o pescoço e a forca, senador. Por isso acredito e respeito esse momento. Isso é algo que é o resgate desse processo que ocorreu no Brasil", afirmou.
A ministra está na comissão do Senado para falar sobre o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Um comentário:
Prezada Lucia!
Eu assisti um par de vezes a intervenção da Ministra Dilma no Senado sobre a a ditadura, a mentira, a verdade,a dor, o companheirismo. Na verdade e´uma declaração espontânea que e´digna de ser material de uma homilia de um dos nossos bispos mais proféticos que já tivemos no Brasil estas ultimas décadas! Não tanto pelo modo come ela acabou com o adversário, mas pela fala em sim, as distinçoes que ela fez! Merece ser imprimida e impressa milhões de vezes até chegar nas mãos de todo adulto,todo jovem, todo adolescente! Merece ser repetida na missa de todos os crismandos e crismandas, nas formaturas de todos os adolescentes nos colegios de todos os jovens e de todas as faculdades, nos encontros dos movimentos sociais por muito e muito tempo! No Brasil e fora do pais! Uma declaração profetica como esta vindo do centro do poder de qualquer pais renova a esperança no mundo da politica e nas pessoas da politica
Pe. João Caruana
Maringa
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