05 setembro, 2008

Reconstruir um mundo de Paz

Às vezes parece que eu ouço gritos clamando as mudanças que povo espera.
- gritos clamando ternura
- gritos clamando amor
- gritos clamando paz
- gritos clamando igualdade
- gritos clamando justiça aos pequenos
- gritos clamando justiça social
- gritos clamando que as igrejas se reconstroem na paixão pelo pobre

São gritos que eu ouço e que vem dos pobres, no rosto do mundo. Gritos de mulheres e homens de todas as idades, de todos os lugares e de todas as realidades.

- gritos de crianças indefesas diante de uma sociedade armada;
- gritos de adolescentes e jovens marcados sem teto e sem sonhos;
- gritos de idosos desamparados;
- gritos de mulheres e homens diante de um continente que vem sendo oprimido;
- gritos de um povo sofrido e humilhado nos corredores dos hospitais públicos, sem acesso a educação, moradia. Sem as condições mínimas para uma vivencia digna;
- gritos do povo que sofre com politiqueiros que roubam e massacra todo um povo.

Mas também eu ouço gritos, gritos proféticos, que não se calam porque seu papel é não se calar. Gritos que mechem comigo, faz queimar meu peito. Acredito que seja o grito de nosso próprio Deus que grita nas vozes dos/das profetas.
Gritos esses que clamam:
- não tenhas medo dos que te ameaçam;
- não tenhas medo dos que te caluniam;
- não tenhas medo dos que armam ciladas;
- não tenhas medo do poder que oprime;
- não tenham medo dos que roubam e matam em nome da paz;
- não tenhas medo dos que tudo deturpa, para não ver a justiça acontecer;
- não tenhas medo dos que ditam as regras, na certeza de nunca perder.

São gritos que me chama também a gritar.
Ouça você também o eco desses gritos.
Não vamos nos calar e vamos juntos gritar:
- por justiça social
- por respeito
- por dignidade
- por partilha
- por igualdade
- por trabalho e salário digno
- por reforma agrária

Vamos juntos gritar
“Vida em primeiro lugar: direitos e participação popular”

Lucimar Moreira Bueno (Lucia)

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