09 janeiro, 2009

Um dedo diferente a cada dia!

Neste fim de ano estávamos em família, e minha mãe de setenta e quatro anos, é sempre o centro das atenções. Uma paraibana, retirante nordestina, que enfrentou a fome e as vicissitudes das caatingas do sertão cearense. Mas numa conversa com ela me confidenciou algo que não poderia imaginar: me contou que chupou dedo até a idade adulta, e acrescentou que quando eu era bebê ela me dava de mamar enquanto chupava o dedo.
Eu então aproveitei e perguntei a ela como conseguiu deixar o vicio, e quando ela me contou que tinha que passar iodo na unha para conseguir ficar sem colocá-lo na boca, eu então comentei: "O importante não é ter o vício, né mãe, o importante é se livrar dele a tempo!". E contei a ela uma história que ouvi de um professor quando eu ainda frequentava as aulas de Cromoterapia, curso que me despertou para fazer parte da primeira turma de BioPsicologia do Brasil.
Um paciente de trinta e dois anos marcou consulta com um terapeuta para que ele pudesse ajudá-lo com o seu problema. No dia marcado o paciente falou:- Preciso de ajuda, não consigo parar de chupar o dedo.
O terapeuta, com a tranqüilidade de quem sabe respondeu:- Não ligue para isto, apenas chupe um dedo diferente a cada dia da semana.
A partir deste momento, o paciente, toda vez que levava a mão a boca, era instintivamente obrigado a escolher o dedo que devia ser objeto de sua atenção naquele dia. Antes que a semana terminasse ele já estava curado.
Com esta historinha aprendemos que quando temos um hábito, torna-se difícil lidar com ele porque é uma rotina, um automatismo, mas quando ele passa a nos exigir atitudes novas, decisões, escolhas, então temos consciência de que não vale tanto esforço para mantê-lo.
Luiz Antonio Silva, palestrante terapeuta, diretor da PHAROl-RH.

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