08 abril, 2009

Justiça anula caso Dorothy Stang e pede a prisão de Vitalmiro Bastos

A Justiça do Pará decidiu, ontem (7) anular o resultado do julgamento de dois acusados de participação no assassinato da missionária Dorothy Stang, morta a tiros em Anapu (PA), em fevereiro de 2005. Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, que é apontado como o mandante do crime, havia sido absolvido, e Rayfran das Neves, condenado há 27 anos na condição de executor da religiosa, serão submetidos a novo julgamento. Além da anulação, a Justiça decretou a prisão preventiva de Bida. Mais informações
Dorothy foi morta com seis tiros em fevereiro de 2005, em uma estrada de terra de Anapu (750 km de Belém). Tinha 73 anos. Ela era defensora dos pequenos produtores rurais e havia feito denúncias contra fazendeiros da região por grilagem de terras e desmatamento ilegal, razão pela qual era constantemente ameaçada.
Sua morte provocou comoção internacional e é apontada como um dos marcos do conflito agrário brasileiro. No ano passado, um filme sobre o assassinato - "Mataram a Irmã Dorothy", do americano Daniel Junge - chegou a ser pré-selecionado para o Oscar de melhor documentário deste ano, mas acabou não sendo indicado.

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