01 maio, 2009

A 20º. Romaria do Trabalhador e da Trabalhadora da Arquidiocese de Maringá vai ficar na história


A 20º. Romaria do Trabalhador e da Trabalhadora da Arquidiocese de Maringá vai ficar na história.
Caminhamos juntos, o bebe de apenas um mês, o senhor de 86 anos, homens e mulheres, de todas as idades, um só povo, o povo de Deus.
Enquanto caminhávamos conversando com Dom Anuar Battisti ele disse “povo organizado jamais será explorado”.
A romaria foi profética, depoimentos marcantes e a pergunta “até quando vamos pagar com a vida?”.
Os lamentos, lamento dos pequenos produtores; dos professores; das mães sem creche o período integral para seus filhos; das famílias que tem pessoas envolvidas com as drogas; o lamento da família ao ver o filho sem conseguir emprego porque já esteve preso; o lamento por ver a juventude fora da sala de aula muitas das vezes por ter que trabalhar; o lamento de quem precisa do INSS para auxilio doença ou aposentadoria e são tratados com desprezo chegando ate ser humilhados; o lamento com descaso com a saúde pública, filas para as consultas especializadas; o lamento das mães que precisam trabalhar e em um período os filhos ficam no colégio e no outro sozinho, pelas ruas; o lamento do policial militar que trabalha sozinho e as cargas horárias excessivas, o lamento pela faltas de passarelas; o lamento de ver a maioria dos meios de comunicações divulgando o que não é verdadeiro e não dando espaço para se mostrar a verdade.
Os sonhos, sonhos de conquistas pessoais em prol do bem comum; sonho de conquistar a aposentadoria; o sonho da destruição das drogas, da prostituição; o sonho de ver a juventude livre, com ideais e oportunidades; o sonho de novamente trazer a discussão sobre a lei seca; o sonho da duplicação da rodovia ao chegar à cidade de Maringá; o sonho de ver as passarelas; o sonho de ver mais leigos e leigas envolvidos na comunidade, nos conselhos em todos os ambientes; o sonho de fazer acontecer às rádios comunitárias, o sonho em ver os meios de comunicação mostrando o que de bom tem o povo de Paiçandu, povo que tem dignidade e muito a oferecer; o sonho de ver a paz e a justiça acontecer.
Os pães anunciados, pães que geram vida como Ong Justiça e Paz; a Pastoral da Criança; os trabalhadores rurais organizados; o MST; associações de moradores; a Escola Milton Santos; a cooperativa de material reciclável; a Pastoral afro que esta sendo formada na Arquidiocese de Maringá por que se faz necessária, a pobreza no Brasil é predominantemente negra.
Bendito sejas o Pão do céu, que nunca deixou de escutar o grito de seu povo.
Somos povo da esperança, peregrinos, que sabemos onde queremos chegar.

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