15 setembro, 2009

Cá Entre Nós


A REFORMA ELEITORAL, em discussão no Congresso, prende-se a aspectos formais e superficiais, que acabam não alterando grande coisa, como definição sobre campanha pela internet; comercialização de espaços, como muros, para a propaganda eleitoral; uso da figura de pré-candidatos em debates; realização de debates entre os candidatos; uso de bandeiras em dia de eleição, e de carros de som e outdoors nas campanhas; uso de blogs e redes sociais pelos candidatos, assim como espaços em portais jornalísticos; pedido de recursos por meio da internet e telefone e doação por cartões de crédito e débito, transferências on-line, entre outras medidas.
Esses aspectos precisam ser regulamentados, sem dúvida; mas deveriam ser priorizadas regras que contribuíssem para que o eleitorado pudesse contar com candidatos de qualidade, capazes de filtrar aventureiros, admitindo apenas nomes com histórico de dedicação à comunidade ou pelo menos com potencial para tanto.
Um sistema eleitoral com critérios dessa ordem privaria os eleitores de, muitas vezes, escolher o pior dentre os piores, ou votar em branco por pura falta de opção. Escolheriam o melhor dentre os melhores. Qualquer resultado traria sempre alguma perspectiva de acerto e ganho para a sociedade.
E o que temos? Uma proposta que permite até a candidatura de gestores com contas rejeitadas ou que respondem a processos não julgados em última instância, os chamados “fichas sujas”.

Paulo César Caetano de Souza
Presidente do CRCPR

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