23 junho, 2011

Eu dou Testemunho

No ano de 1978, na Diocese de Ilhéus os conflitos por causa da terra eram imensos. O Bispo, na época Dom Tepe não aceitava a CPT, pois dizia que a mesma era responsável pelos conflitos de classe. Tentávamos amenizar os conflitos que já existiam ( não por causa da CPT) com a Pastoral Rural. Mesmo assim não era aceita pelos Padres.
Em 1981/82, com a divisão da Diocese Ilheus e criada a Diocese de Itabuna, conseguimos prosseguir a luita já com a CPT. O trabalho era voluntário. Trabalhavamos como professora durante a semana e nos fins de semana, de carona, íamos para as áres ( Canavieiras, Una, Belmonte e outras). Após alguns anos fomos expulsas da Diocese de Itabuna.
A luta continuou na Diocese de Ilhéus, com ou sem Bispo, porém nunca usando o nome CPT, mas o trabalho era o mesmo.
Tinhmos como parceiros o CEAS (conhcemos nesta época Cláudio Perani) a CPT Estadual ( Hermano e Eliana Rolemberg), mais tarde Eliana foi para CESE e continuou parceira como sempre.
Os conflitos na Diocese de Ilhéus continuam. Hoje há mais de 60 Assentamento de Reforma Agrária e mais de 50 Acampamentos.Estivemos presentes na luta deste povo desde sempre, com outros nomes, menos o da Igreja.
Claro que faz diferença pois a Igreja ainda tem respaldo se quiser ajudar. Porém quando não quer os leigos e leigas trabalham do mesmo jeito.
Hoje a nossa presença na luta se dá por causa da Articulação das CEB's na Diocese, porém, mesmo com 36 anos de CPT, os padres da Diocese não amoleceram o coração para esta realidade. que pena...
abraços.
Ana Maria - Bahia.

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