08 julho, 2011

Decepcionei com a Arquidiocese de Maringá

Fiquei decepcionada quando vi que a Arquidiocese de Maringá assinou o manifesto contra o aumento de vereadores. Com relação a ACIM e outros é preciso ficar atento e "muito atento". Penso que deveria antes de tomar certa decisão tão expressiva amadurecer idéias, ouvir mais pessoas.

Um comentário:

Jairo de Carvalho disse...

Eu fiquei meio incomodado com vários e-mails que recebi com outdoors que foram espalhados em Jaraguá do Sul, porque eu sei que o aumento da quantidade de vereadores significa multiplicar as despesas do legislativo municipal, mas uma quantidade pequena de vereadores também pode significar menos democracia. Nós conhecemos algumas experiências de compra da maioria da Câmara pelo Executivo. Um número maior de vereadores é mais difícil de ser controlado pelo prefeito. Embora eu ache que o aumento que estão propondo não represente grandes mudanças. O número deve voltar ao que era antes da redução do último mandato (ou um pouco a mais) e já naquela época os prefeitos controlavam as Câmaras comprando a fidelidade da maioria. No caso de Maringá, foi formado o grupo dos treze na época do Ricardo Barros e hoje o Sílvio Barros II tem o grupo dos onze na mão. Assim ele conseguiu aprovar tudo o que quis sobre a Rodoviária e o novo contrato da TCCC, além de outros atos absurdos que prejudicam a população. Sempre são os mesmos quatro vereadores que se opõem aos atos que cheirem desonestidade: o Humberto Henrique, o Mário Verri, o Doutor Manoel Sobrinho e a Marly Martin.

Já que não é possível ter democracia direta, na qual todos os cidadãos teriam direito de participar das decisões, um número grande de veradores representaria melhor a população. Vamos viajar um pouco na maionese: você já pensou em um Legislativo com duzentos vereadores (sem aumentar as despesas, bem entendido)? Poderia representar muito melhor o conjunto dos cidadãos, né? Além disso, ia ser muito mais difícil de o prefeito exercer o seu controle sobre a Câmara, pois o ato de corrupção, que é a compra do vereador, ocorre individualmente e comprar a maioria de uma Câmara composta de duzentos vereadores teria que alcançar um número superior a uma centena. Isso seria impraticável.

Agora voltando à nossa realidade, eu cheguei a pensar que estava sozinho na contra-mão do movimento que se formou na internet contra o aumento do número de vereadores, mas vi essa nota no blog da Lucimar Bueno e começo a sentir um certo alívio por saber que tem mais gente que não confia nas boas intenções de entidades como a ACIM (Associação Comercial e Industrial de Maringá). Isso não significa que nós temos as mesmas posições de todos aqueles que defendem o aumento do número de vereadores (sabemos que boa parte deles o fazem por interesse próprio), aliás a gente nem defende isso, porque do jeito que a coisa está indo a mudança não trás vantagem nenhuma para o cidadão comum. Da mesma forma, a manutenção do número atual também não vai representar aumento nos investimentos em saúde, em educação ou em obras públicas.