Escolas com projetos pedagógicos diferentes ainda são raras no Brasil. Para mudar este quadro, é necessário que a sociedade, em especial os pais, se preocupe com isso. É o que diz a socióloga Helena Singer, especialista em educação e direitos humanos.
“Os pais não devem aceitar facilmente que estudar tem que ser chato. É muito fácil para os pais pensarem que isso faz parte da vida. Eles devem esperar que a criança volte entusiasmada da escola, contente. É isso que os pais deveriam exigir”, afirma.
Helena explica que a lei atual permite que cada unidade escolha a sua proposta de ensino, a forma como avaliar os alunos e a relação que vai ter com as famílias. “Apesar disso, muito pouca inovação se faz. Em geral as escolas seguem aquele padrão velho que já não dá certo, das séries, notas, das disciplinas, distante das comunidades”, avalia.
Para a diretora do Cieja Campo Limpo, Êda Luiz, a necessidade de inovar e de abrir a escola para a comunidade é ainda maior na rede pública. “Trabalhamos muito no Cieja para ter esse lugar aberto, sem chave, porque é um lugar público, então ele tem que ser utilizado pela comunidade. A escola pública deve ser construída pelo coletivo. Quando começar a fechar, começa a privatizar”, afirma.
Fonte: Brasil de Fato
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