Migração - a Solidariedade é a resposta - Papa Francisco
Onde está seu irmão? O grito do seu sangue chega até a mim. Esta pergunta de Deus é dirigida a mim, a você e a todos nós... E, ainda hoje, choramos pela perda de milhares de irmãos.
O Senhor precisa de nós para denunciar as injustiças cometidas no silêncio por tantas pessoas!
O Senhor promete restabelecimento e libertação a todos os oprimidos do mundo. Mas, ele precisa de nós para tornar eficaz a sua promessa; precisa dos nossos olhos para ver as necessidades dos irmãos e irmãs; precisa das nossas mãos para socorrer; precisa da nossa voz para denunciar as injustiças cometidas no silêncio, às vezes, cúmplice, por tantas pessoas.
o Senhor precisa do nosso coração para manifestar o amor misericordioso de Deus com os últimos, os excluídos, os abandonados, os marginalizados. “Quero misericórdia e não sacrifícios”, uma acusação da hipocrisia estéril dos que não querem sujar as mãos.
Trata-se de uma tentação, bem presente também em nossos dias, que se traduz em um fechamento em relação aos que têm direito, como nós, de segurança e de vida digna; uma tentação que leva a construir muros, concretos ou imaginários, ao invés de pontes. Diante dos desafios migratórios de hoje a única resposta sensata é a da solidariedade e da misericórdia.
Exige uma équa divisão de responsabilidades; exige uma avaliação, honesta e sincera, das alternativas e uma gestão transparente; exige uma política justa que se coloque a serviço das pessoas, que garanta soluções e segurança, respeito dos direitos e da dignidade de todos.
Para que ilumine a nossa mente e inflame os nossos corações, a fim de superarmos os medos e as inquietações, e nos transforme em instrumentos dóceis do amor misericordioso do Pai, prontos a dar a nossa vida aos irmãos e irmãs, como Jesus o fez.
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