Iniciando com uma oração feita pelo Padre Luiz Gonzaga e seguido com um poema recitado por José Anchieta, a comunidade foi recepcionada. Na ocasião, a professora Maria do Carmo Cunha realizou uma doação de cinco mudas de plantas nativas da Caatnga, sendo plantadas pelos moradores. A professora e engenheira florestal, que defende a fauna e flora da região, realizou ainda uma fala sobre os cuidados a preservação da Caatinga, ressaltando a beleza contida nas vegetações e espécies nativas.
O debate foi aberto ao público em diversos momentos durante o evento. Cabe situar que, a comunidade Carneira recebeu algumas torres de energia eólica. A energia produzida não é utilizada na comunidade, mas transferida para outras localidades do país. A população, na oportunidade, apresentou algumas reclamações sobre alguns fatos ocorridos. Destacam-se assim, os barulhos causados pelas torres, a desvalorização das propriedades pelas quais as torres se estabelecem e o descaso ao meio ambiente. Segundo a professora e moradora da comunidade Maria Bernadete de Sousa, “é tudo muito bonito nos livros, na TV, porém na vida real as coisas são diferentes”, exclamou.
O CERSA abordou o assunto de energias renováveis pelo seu coordenador Geral, César Nóbrega. O mesmo exibiu o vídeo sobre “Mapa das mudanças climáticas no Brasil” do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Sociais, e da Frente Por Uma Nova Política Energética Para O Brasil. César Nóbrega em sua apresentação pontuou os danos causados pelas energias centralizadas. Também mostrou que energias renováveis, como a eólica, se feita de maneira inapropriada efetua grandes percas para o meio ambiente, citando como exemplo o desmatamento.
Em defesa, José Frankiney de Sousa Andrade representando da empresa SKY ENERGY – empresa de energia eólica e segundo fala do representante ainda não desenvolveu atividades no local – exibiu seus argumentos, para ele a comunidade tem total liberdade de reclamação. Em debate com alguns moradores, o representando fez algumas pontuações negativas e positivas e destacou que, em alguns momentos, as atividades contribuem com dados ao meio ambiente.
A iniciativa compõe o Projeto “Cuidando da Nossa Casa Comum”, realizado pelo CERSA, Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social, Cáritas Brasileira, Frente Por Uma Nova Política Energética Para O Brasil e com apoio da Misereor.
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