30 julho, 2019

O Trem - Símbolo dos Intereclesiais das CEBs se deve ao Frei Betto



O Trem - Símbolo dos Intereclesiais das CEBs se deve ao Frei Betto

Segundo Pe. Nelito Dornelas, Frei Betto é mineiro, ele morava em Vitória, em uma favela, quando acontecem os intereclesiais, o primeiro em Vitória, do Espírito Santo em 1975.

Vitória e Belo Horizonte tem o maior trem de passageiros do Brasil, que liga as duas capitais, mais ou menos 600 km de distância, essas duas capitais são simbolizadas pelo trem de passageiros. Então Frei Betto foi quem idealizou essa imagem para CEBs, a partir dessa experiência do maior trem de passageiros que liga essas capitais, explica Nelito.

Recorda Nelito, assim  foi consolidado e foi também no encontro que aconteceu no Espírito Santo, em que frei Carlos Mesters estava assessorando as comunidades de São Mateus, lá também foi confirmado à ideia do trem de passageiro como símbolo das CEBs.

Então essa ideia  explica Nelito, vai nascer do Frei Betto, que é mineiro morando em Vitória, onde acontece o primeiro intereclesial das CEBs e São Mateus, Espírito Santo, ali que vai nascer marcado pela experiência do trem de passageiros que o povo tinha como único meio de transporte barato, simples e popular.

A imagem tem a ver também com essa ideia de coisa do povo, coisa simples, coisa dos pobres, onde todo mundo pode entrar, levando sua carga, levando sua bagagem, levando seus mantimentos, porque o trem sempre foi isso, um meio de transporte barato do povo, assim conclui Nelito a explicação do trem como símbolo.

E a CEBs diz Nelito, simbolizam isso, lugar dos pobres que podem entrar com sua bagagem, sua cultura, sua história, com tudo aquilo que é, quer ser e precisa ser e pode ser para de fato ser Igreja dos Pobres.

Muito linda a história do nosso Trem das CEBs.

"...Mas houve quem não entendeu, E disse coisas que eu não fiz..."



Pra não ferir ninguém
Eu vim te procurar
Alguém me machucou e eu
Não pude nem chorar
Escuta meu Senhor
Escuta a minha história.

Por mil caminhos e a sorrir
Eu procurei compreender
Nenhum irmão eu quis ferir,
Eu só pensei em ajudar
Mas houve quem não entendeu
E destruiu o que eu ergui
E arrancou o que eu plantei,
Desafiando a minha paz.

De tanto ouvir falar em Ti
Eu quis fazer como aprendi
Eu quis amar sem distinção,
De todos eu me fiz irmão
Mas houve quem não entendeu,
E disse coisas que eu não fiz
Eu tenho medo de esquecer
De me esquecer que eu sou feliz.

Eu venho aqui pedir perdão,
Se por acaso eu mereci
Sofrer tamanha ingratidão
Quando eu busquei sempre ajudar
Mas quem não entendeu fui eu
Que se esqueceu quem foi Jesus
Que fez um bem maior que o meu
E mesmo assim morreu na cruz.  


(Pe. Zezinho)

Igreja Católica presente na tríplice fronteira amazônica contra o tráfico de seres humanos

“Rejeitamos de maneira clara e determinada toda a forma de violência na qual a vida têm um preço e é explorada”: apelo no comunicado à opinião pública da Igreja Católica na tríplice Fronteira Amazônica: Brasil, Colômbia, Peru.



Jane Nogara – Cidade do Vaticano

A Assembleia Geral das Nações Unidas, com a Resolução A/RES/68/192 de 2013, proclamou o dia 30 de julho como Dia Mundial contra o Tráfico de seres humanos.

Na América do Sul, as regiões fronteiriças apresentam problemas especiais. Juntamente com outros tipos de tráfico, especialmente armas e drogas, o tráfico de pessoas é um dos fenômenos que mais aparece. Essa realidade está muito presente na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, região banhada pelo rio Amazonas, que não separa, mas une seus povos.

Dentro deste contexto a Igreja Católica presente na tríplice Fronteira Amazônica (Brasil, Colômbia, Peru) emitiu um comunicado no qual manifesta “solidariedade, apoio e compromisso para com os irmãos e irmãs indígenas, ribeirinhos, mestiços e demais habitantes das fronteiras vítimas do tráfico de pessoas e tráfico de migrantes”.

Vida em abundância

A Igreja Católica presente nos três países sul-americanos “preocupada pela difícil e complexa dinâmica do territórios” publicou um comunicado, no qual especifica suas razões e auspícios.

Inicialmente recorda que fiel ao Evangelho “Cristo veio até nós para que tenhamos vida e vida em abundância (Jo 10, 10), rezaremos sempre pela vida e a paz”. Porém estes ensinamentos são contrários à realidade do ser humano que é submetido a múltiplas violências e tratado e visto como mercadoria. Por isso, continuam, “rejeitamos de maneira clara e determinada toda a forma de violência na qual a vida têm um preço e seja explorada”.

Escravidão moderna

Em seguida recorda as palavras do Papa Francisco “Desejo chamar todos a comprometerem-se para que esta chaga aberrante, esta forma de escravidão moderna, seja adequadamente contrastada”. Para isso pede o comprometimento da “sociedade civil, autoridades, instituições e organizações” para “lutarem juntos contra este flagelo que se encarna nas nossas comunidades e populações mais vulneráveis”.

O Pacto assinado em dezembro 2018

O documento assinado pelas três realidades católicas segue recordando do Pacto assinado em dezembro de 2018 pelas autoridades da Colômbia, Brasil e Peru na Tríplice Fronteira para o combate do tráfico de pessoas. O compromisso tem como objetivo “ampliar o diálogo e aprimorar a atuação conjunta no sentido de fortalecer a prevenção, a assistência às vítimas e o combate ao tráfico de pessoas e à exploração sexual de crianças, adolescentes e mulheres na tríplice fronteira”.

Em seguida o documento afirma que “espera que estes compromissos sejam efetivos, oportunos e proféticos para a erradicação e/ou diminuição dos casos de tráfico de pessoas na região. E solicita boas práticas de migração, acompanhamento das vítimas e políticas adequadas de trabalho.

Não à indiferença

Outras importantes palavras do Papa Francisco foram recordadas: “Levantemos o véu da indiferença que pesa sobre o destino daqueles que sofrem. Ninguém pode lavar as mãos diante da trágica realidade das escravidões de hoje”. O texto reitera que “a justiça e o acompanhamento sejam garantes do início da inclusão e restabelecimento dos direitos dos que sofreram”.

O comunicado conclui com a invocação de apoio total à este grave problema “desde a prevenção, acompanhamento das vítimas de abuso e violência sexual assim como a promoção dos Direitos dos meninos e meninas,  adolescentes, jovens, mulheres e homens enganados e submetidos à compra e venda de suas dignidades e liberdade”.

“Convido todos, juntamente com o Papa Francisco, à rejeitar toda a forma de violência e violação dos Direitos dos habitantes da majestosa Amazônia para seguir anunciando o Evangelho”.

O documento é assinado pelos bispos Dom José Trevieso, Bispo de San José de Amazonas, Peru; Dom Adolfo Zon Pereira, Bispo da Diocese do Alto Solimões, Brasil e Dom José de Jesus Quintero Días, Bispo do Vicariato de Letícia, Colômbia.


Fonte: Vatican News

29 julho, 2019

CEBs - Percorremos as Regiões Pastorais da Arquidiocese de Maringá

Abrir-se a situações novas, assumir novos riscos, insistência com uma boa dose de carinho, ternura e paixão. Isso é lindo. Em vez de medo, saborear o risco, os desafios, o perigo e a ousadia.



CEBs - Percorremos as Regiões Pastorais da Arquidiocese de Maringá

Abrir-se a situações novas, assumir novos riscos, insistência com uma boa dose de carinho, ternura e paixão. Isso é lindo. Em vez de medo, saborear o risco, os desafios, o perigo e a ousadia.

Temos a certeza de que a evangelização é uma obra coletiva, as Comunidades Eclesiais de Base, através do Conselho Pastoral, os CPCs devem ser elo de comunhão e animador do caminho de evangelização, fomentando a arte da denúncia e do anúncio sobre a figura do profeta, assim, o profetismo implica ato de denúncia da realidade dura, opressora, discriminadora e que nega a vida em sua integralidade, bem como no ato do anúncio de uma vida transformada que se da ao conhecer Jesus e com Ele fazer lindas experiências. Para tanto, uma Comunidade Eclesial de Base toda missionária em saída se faz necessária.

Procuramos juntos trilhar, iluminados pelo evangelho de Marcos 6, 31-44, Atos dos Apóstolos 2, Ezequiel capítulo 37 e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023, orientações comuns e claras para todas as Comunidades Eclesiais de Base, as CEBs.

Confirmamos um caminho que já estamos trilhando, procurando responder aos desafios atuais que exigem “uma Igreja missionária toda em saída”, como reafirma o Papa Francisco. Não há ruptura entre a missão de Jesus e a nossa. O ministério de Jesus se prolonga no testemunho de suas seguidoras e dos seus seguidores.

Abrir-se a situações novas, assumir novos riscos, insistência com uma boa dose de carinho, ternura e paixão. Isso é lindo. Em vez de medo, saborear o risco, os desafios, o perigo e a ousadia. É assim que precisam ser os Conselhos Pastoral das CEBs.  Assumir a frase dita por Jesus aos discípulos: “Vocês é que têm de lhes dar de comer”, estar atento à realidade local, daí vem protagonismo dos CPCs, da responsabilidade amorosa pelo cuidado das pessoas e o anúncio do Evangelho, para tanto, a pauta da reunião de um CPC tem que ir além dos itens enviados pelo Conselho Pastoral Paroquial, precisa refletir sua realidade local e lançar as redes.

“A Igreja ‘em saída’ é a comunidade de discípulos missionários que ‘primeireiam’, que se envolvem, que acompanham, que frutificam e festejam. A comunidade missionária experimenta que o Senhor tomou a iniciativa, precedeu-a no amor e, por isso, ela sabe ir à frente, tomar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos. Vive um desejo inesgotável de oferecer misericórdia, fruto de ter experimentado a misericórdia infinita do Pai e a sua força difusiva (...) Com obras e gestos, a comunidade missionária entra na vida diária dos outros, encurta as distâncias, abaixa-se até a humilhação e assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo”. (Evangelli Gaudium).

As CEBs, a casa da Palavra, do Pão, da Caridade e da Ação Missionária. Sair, ir ao encontro das famílias, para sentir quanto que elas são humanas, sentir sua fragilidade, ser uma porta de esperança “ir ao encontro das famílias, com atenção especial e ternura de quem coloca uma ovelha ferida no colo” (DGAE). Isso é muito profundo.

Para as famílias feridas, elas encontram apoio em Deus na comunidade com outras famílias. Para muitas famílias o amor era vivido pelo dever, dever de dar comida, dar estudo, entre outros. Essas famílias também vieram de famílias sem afeto e ternura. Muitos experimentaram o afeto e a ternura no grupo de jovens, na comunidade, levando-as a viver esse afeto e ternura na família, fortalecendo o laço de dever e ternura antes não vividos. Com a comunidade aprendem a dialogar.

Percebemos que muitas famílias, movidas pelo dever, mesmo sem afeto e carinho mantiveram unidas e superaram, outras não conseguiram e fracassaram, dores e sofrimento. Muitas famílias não sentem esse amor com Deus, experiência para poder superar as feridas e serem mais fortes e muitas não alcançam essa experiência antes de fracassar e vão vivendo experiências difíceis, duas, três uniões.

Mas nem por isso as famílias deixam de ser parte do Plano de Deus. O amor de Deus pode curar as minhas, as suas e as feridas das famílias.

O Evangelho de Mateus e Lucas relata a genealogia de Jesus, história de geração a geração até chegar a Jesus. Ao resgatar a genealogia de Jesus, percebemos famílias com marcas doloridas, problemas e conflitos, famílias muita humana, com ideal de amor, mas também com situações difíceis e desafiadoras.  E nem por isso Deus desistiu delas, com elas forma o povo de Israel.

Somos chamados, as Comunidades Eclesiais de Base são chamadas a comprometer-se, porque é a Igreja que mais está perto das famílias. Deus confia as Famílias as CEBs. Hoje é preciso perguntar: CEBs, como estão às famílias?

As CEBs como sendo a Igreja mais perto das famílias precisam continuar sendo o canal de esperança para recuperar as famílias que precisam ser recuperadas, ser o sustento para manter aquelas que estão bem.

Canal de esperança, que acolhe sem julgamento; que se faz próximo para acompanhar; para alcançar discernimento, caminhos e integrar as famílias na comunidade, conforme pede o Papa Francisco na exortação “Amoris Laetitia: sobre o amor na família”.

Que as CEBs não se intimidam ao ouvir “santo de casa não faz milagre” – “para mudar tem que ser com gente de fora”, porque as pessoas conhecem nossas fraquezas e fragilidades. E a pergunta – santo de fora faz milagre? Nenhum santo faz milagre, quem transforma a realidade é Deus. Santos amparam com seus exemplos e orações.

Nós também e as CEBs também, apoiamos, nos colocamos à disposição de Deus, nossa fé e nossa vida. Maria foi capaz de ver a água transformar em vinho porque acreditou. As CEBs precisam assumir e estar a serviço das famílias.

Quem esta mais perto é o responsável, mas não só perto, estar aberto para Deus conduzir. O primeiro responsável é quem esta mais perto e consciente da tarefa. As CEBs precisam criar mecanismo, meios para encorajar as pessoas a estar a serviço da família que mais perto dela geograficamente esta e Deus da os meios e a força. Encorajar as pessoas não baseado em cobranças, afirmar e motivar que podemos fazer, Deus vai ajudar, vamos conseguir.

As CEBs não podem se fechar diante das novas configurações familiares seja elas homoafetivas ou não. Essas configurações ameaçam a configuração mais de acordo com a fé judaica cristã, não cabe a CEBs julgar. É preciso postura de abertura, acolhida, acompanhamento e discernimento comunitário, pelo Conselho Pastoral da CEB, o CPC, pelo Conselho Pastoral Paroquial, o CPP e o padre, para integrar, essa deve ser a postura.

As CEBs precisam continuar sendo uma Igreja em saída, que «primeireiam», que se envolvem, que acompanham, que frutificam e festejam.” (EG 24). Não intimidar, “Ousemos um pouco mais no tomar iniciativa!”, como nos pede papa Francisco no Evangelii Gaudium.

Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)
Assessora das CEBs na Arquidiocese de Maringá



26 julho, 2019

Reflexão do Evangelho: Quem é o meu próximo?

O questionamento de Jesus é de extrema relevância para nossa interpretação hoje, pois, sem dúvida alguma, a narrativa bíblica desafia-nos mais uma vez para o dilema da alteridade. Como ser cristão e não viver em solidariedade? Como ser cristão e não defender a causa dos imigrantes? Como achar que é normal gays sangrarem até a morte? Como se conformar com o extermínio da juventude negra? Como ficar em silêncio diante de mulheres que são agredidas?
Em MT 23.27-39 há uma denúncia da espiritualidade superficial, fétida e aparente que mata os profetas e rejeita o colo amoroso de Deus. 

O questionamento de Jesus é de extrema relevância para nossa interpretação hoje, pois, sem dúvida alguma, a narrativa bíblica desafia-nos mais uma vez para o dilema da alteridade. Como ser cristão e não viver em solidariedade? Como ser cristão e não defender a causa dos imigrantes? Como achar que é normal gays sangrarem até a morte? Como se conformar com o extermínio da juventude negra? Como ficar em silêncio diante de mulheres que são agredidas?

Em MT 23.27-39 há uma denúncia da espiritualidade superficial, fétida e aparente que mata os profetas e rejeita o colo amoroso de Deus. 

Confira a reflexão do evangelho sobre Lc 10.25-37, partilhada pelo Reverendo Cláudio Márcio.
 
Quem é o meu próximo? Essa é uma questão central para nossa caminhada enquanto cristãos reformados e ecumênicos na América Latina, pois, durante muito tempo, fomos tratados como corpo objeto que podia ser vendido, escravizado, brutalizado, acorrentado, humilhado e massacrado sem piedade alguma. Ter ou não ter alma? Humano ou não humano?

O processo civilizador cristão, machista, branco, europeu (com a Bíblia na mão e a cruz que se transformou em espada) gerou muita violência e opressão para povos originários e africanos. Sabe-se que em nome de deus, da ciência, da economia, da modernidade e da tecnologia, grupos sociais subjugaram outros grupos e muito sangue foi derramado. Aqui não cabe saber quem é mais ou menos culpado, mas, faço apenas um convite para uma reflexão mais séria e complexa que precisa ser estabelecida. Há redes construídas dentro de processos históricos e sociais e a bíblia, por exemplo, fez parte da construção do ocidente com muitas ambivalências de vida e morte.

Numa abordagem sócio-antropológica, é possível afirmar que cada grupo social possuí suas regras e paradigmas de socialização, isto é, seus ritos de passagem, seus valores, suas múltiplas formas de viver e interpretar o cotidiano. Com efeito, há uma diversidade de expressões culturais que deve ser respeitada e garantida no processo histórico.

Entretanto, é importante ressaltar que segundo o sociólogo francês Émile Durkheim: “ao classificar algo você hierarquiza”, assim sendo, o modelo europeu foi imposto como superior e naturalizado ao longo dos anos. Todavia, há e sempre haverá, resistências e maneiras de (re)criar a vida e as relações sociais.

Uma das formas de resistir é a partir da releitura do texto sagrado dos cristãos, logo, o que está escrito na Lei? Como lês? Não basta pertencer a tradição e ou ler a bíblia. O questionamento de Jesus é de extrema relevância para nossa interpretação hoje, pois, sem dúvida alguma, a narrativa bíblica desafia-nos mais uma vez para o dilema da alteridade. Como ser cristão e não viver em solidariedade? Como ser cristão e não defender a causa dos imigrantes? Como achar que é normal gays sangrarem até a morte? Como se conformar com o extermínio da juventude negra? Como ficar em silêncio diante de mulheres que são agredidas?

Em MT 23.27-39 há uma denúncia da espiritualidade superficial, fétida e aparente que mata os profetas e rejeita o colo amoroso de Deus. A experiência de Jesus de Nazaré é um grande convite para nossa conversão, ou seja, o amor precisa vencer o ódio. É preciso aprender a perdoar, a mudar, a recriar, a seguir. O outro é o espelho da nossa humanização mútua, isto é, o convite de Jesus é para uma espiritualidade da solidariedade, do cuidado, da compaixão e do serviço.

É necessário agir de maneira íntegra e com empatia, uma vez que: “não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”(Gl 3.28).

Irmãos e irmãs, a responsabilidade que temos é muito grande, todavia, sabemos também que é uma alegria e um prazer servir ao Senhor. Lembrem-se: não é suficiente ser religioso! O que temos feito com aqueles e aquelas que encontramos no caminhar? Encerro com um fragmento do diálogo dos personagens Chicó e João Grilo no filme O Alto da Compadecida: “Jesus às vezes se disfarça de mendigo pra testar a bondade dos homens”.


–------------

Cláudio Márcio é bacharel em Teologia pelo STBNe, bacharel e mestre em Ciências Sociais pela UFRB, e Reverendo da Igreja Presbiteriana Unida em Muritiba-BA. Publica no blog Teologando na Serra.

Mais uma tragédia de migrantes no Mediterrâneo: 150 mortos

Dois barcos com cerca de 300 pessoas a bordo, naufragaram nas águas do Mar Mediterrâneo nas proximidades de Khoms, cerca de 120 km de Trípoli na Líbia. Depois de serem ajudados somente por alguns pescadores, receberam cuidados médicos das ONGs locais


As equipes dos Médicos Sem Fronteiras na Líbia, socorreram no porto de Khoms os sobreviventes do naufrágio desta quinta-feira (25) que causou a morte de pelo menos 70 pessoas e 100 desaparecidos. “A terrível notícia deste novo trágico naufrágio, demonstra mais uma vez a altíssimo preço em vidas humanas da atual situação na Líbia. Mostra também a falta de uma adequada capacidade de busca e socorro no Mediterrâneo”, são palavras Julien Raickman chefe da missão dos Médicos Sem Fronteira na Líbia. “Há mais de 100 desaparecidos, dos quais muitos podem ter se afogado, segundo os primeiros testemunhos dos sobreviventes atendidos pelos MSF. A equipe atendeu os casos mais graves e prestaram os primeiros socorros. Os pacientes estavam em estado de choque com sintomas de pré-afogamento como hipoxia e hipotermia”.

ONU. A pior tragédia deste ano no Mediterrâneo

Segundo Filippo Grandi do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR) trata-se da pior tragédia deste ano no Mediterrâneo. Filippo Grandi fez também o pedido para que “retomem o resgate das pessoas no mar, acabem com a detenção de refugiados e migrantes na Líbia, aumentem os itinerários seguros fora da Líbia, estas medidas, conclui, devem ser colocadas em ação agora, antes que seja tarde demais para muitas pessoas desesperadas”.

Save the Children: a Europa não pode ficar indiferente diante das tragédias

Para a ONG Save the Children é “absolutamente inaceitável que a Europa permaneça indiferente diante de todas essas tragédias às suas portas. Segundo os últimos dados, nos primeiros 5 meses deste ano 1 pessoa de cada 14 que tentaram atravessar o Mediterrâneo perderam a vida e nestes casos os menores são os mais vulneráveis. Enquanto a situação da segurança na Líbia piora a cada dia os refugiados e migrantes têm poucas opções: ou ficam encarcerados no país, tentam a travessia do Mediterrâneo ou do deserto do Sahaara. É preciso recordar que entre os migrantes há muitos menores, adolescentes e algumas vezes até crianças que viajam sozinhas. Para a ONG, “salvar vidas humanas deve ser a principal preocupação dos Estados membros da União Europeia. Também é indispensável que a comunidade internacional, em primeiro lugar a Europa, multiplique seus esforços para encontrar itinerários seguros longe das áreas de crise, evitando que milhares de pessoas tenham que confiar em traficantes que colocam suas vidas em perigo para atravessar o Mar Mediterrâneo, como demonstrou mais uma vez esta tragédia”.  

Fonte: Vatican News

Hoje, 26 de julho memória dos santos Joaquim e Ana. Dia dos avós e idosos


Hoje memória dos santos Joaquim e Ana. Dia dos avós e idosos

Pais de Nossa Senhora e avós de Jesus, como educadores são ponto de referência para jovens e idosos para um renovado olhar sobre a vocação da velhice.

A memória de Joaquim e Ana que a Igreja celebra neste dia, 26 de julho, representa forte testemunho e um chamado a refletir sobre a importância dos pais – eram os pais da Virgem Maria – e de ser avós nos dias de hoje, neste século incerto e carente de pontos de referências. Bento XVI já recordava em 2012: “A qualidade de uma sociedade, gostaria de dizer de uma civilização, julga-se também pelo modo como se tratam os idosos e pelo lugar que lhes reservam na vida comum”.

“ Uma civilização onde não se reza mais é uma civilização onde a velhice não tem mais sentido. E isso é assustador, nós precisamos de idosos que rezem, porque a velhice nos é dada para isso – Olivier Clément ”

Como as árvores que continuam a dar fruto

Papa Francisco dirigiu também várias vezes sua atenção aos idosos, com respeito e afeto para os que vivem esta idade não fácil, mas ainda rica de recursos. No discurso aos idosos durante o encontro de 15 de outubro de 2016 assim os definia:

“ São como as árvores que continuam a dar fruto: mesmo carregados com o peso dos anos, podem dar a sua contribuição original para uma sociedade rica de valores e para a afirmação da cultura da vida. ”

Combater a cultura do descarte

Se por um lado os ritmos e as necessidades da sociedade de hoje parecem não ter freios quanto a “cultura do descarte” – onde são desprezados os que não são produtivos – por outro lado, como um contraponto ou mesmo provocação, Papa Francisco se manifesta em favor dos mais fracos, das crianças e dos “abuelos”, como por ocasião da sua visita apostólica a Pietrelcina no centenário das aparições dos estigmas de Padre Pio e 50º aniversário da morte do Santo:

“ Não falte uma atenção solícita e cheia de ternura aos idosos, que são um patrimônio incomparável das nossas comunidades. Gostaria que um dia se atribuísse o prêmio Nobel aos idosos, que são a memória da humanidade. ”

Lições de uma avó

Continuando em uma dimensão concreta, típica do Papa, como não lembrar da história contada por ele mesmo durante sua meditação matutina na Capela da Casa Santa Marta. Era o ano de 1992 e o então bispo auxiliar de Buenos Aires, Bergoglio, estava para celebrar uma crisma quando se aproximou “uma senhora idosa, de oitenta anos, com os olhos que viam além, com olhos cheios de esperança. E eu disse-lhe: ‘Avó, a senhora vem para se confessar? Mas não tem pecados!’. À resposta da senhora — ‘Padre, todos temos!’ — Bergoglio retorquiu: ‘Mas talvez o Senhor não os perdoe?’. E a senhora, forte na sua esperança: ‘Deus perdoa tudo, porque se Deus não perdoasse tudo, o mundo não existiria!’”.

Oração dos idosos, uma dádiva para a Igreja

Aos distraídos, e aos muito ocupados que não têm tempo, Papa Francisco recordou muitas vezes que há os que cantam os sinais de Deus para eles também:

“ A oração dos anciãos e dos avós é uma dádiva para a Igreja uma riqueza! Uma grande dose de sabedoria também para toda a sociedade humana: sobretudo para aquela que vive demasiado ocupada, absorvida, distraída. Contudo, também por eles alguém deve cantar os sinais de Deus, proclamar os sinais de Deus, rezar por eles! ”

Fonte: Vatican News

Hoje celebramos o dia dos "Avós"


25 julho, 2019

24 julho, 2019

Formação Região Pastoral São José Operário


Somos chamados! 

Somos chamados, as Comunidades Eclesiais de Base são chamadas a comprometer-se, porque é a Igreja que mais esta perto das famílias. Deus confia as Famílias as CEBs. Hoje é preciso perguntar: CEBs, como esta as famílias?

O tema trabalhado na Região Pastoral São José Operário também foi "Retornar as fontes, reafirmar as CEBs e fomentar o protagonismo e ousadia do CPC", iluminada pelo evangelho de Marcos 6: 31-44, Atos dos Apóstolos 2, Ezequiel capítulo 37 e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019 -2023.

Os  Conselhos Pastoral das CEBs, devem assumir a frase dita por Jesus aos discípulos: “Vocêsé que têm de lhes dar de comer”, estar atento à realidade local, daí vem protagonismo dos CPCs, da responsabilidade amorosa pelo cuidado das pessoas e o anúncio do Evangelho, para tanto, a pauta da reunião de um CPC tem que ir além dos itens enviado pelo Conselho Pastoral Paroquial, precisam refletir sua realidade local e lançar as redes.

As CEBs, a casa da Palavra, do Pão, da Caridade e da Ação Missionária. Sair, ir ao encontro das famílias, para sentir quanto que elas são humanas, sentir sua fragilidade, ser uma porta de esperança "ir ao encontro das famílias, com atenção especial e ternura de quem coloca uma ovelha ferida no colo" ( DGAE). Isso é muito profundo.

Retornar as fontes, reafirmar as CEBs e fomentar o protagonismo e ousadia do CPC é preciso.

Data da formação: 23 de julho de 2019
Eu, Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)



'Então digamo-lo sem medo: Precisamos e queremos uma mudança.'



“Reconhecemos nós que as coisas não andam bem num mundo onde há tantos camponeses sem terra, tantas famílias sem teto, tantos trabalhadores sem direitos, tantas pessoas feridas na sua dignidade?

Reconhecemos nós que as coisas não andam bem, quando explodem tantas guerras sem sentido e a violência fratricida se apodera até dos nossos bairros? Reconhecemos nós que as coisas não andam bem, quando o solo, a água, o ar e todos os seres da criação estão sob ameaça constante?

Então digamo-lo sem medo: Precisamos e queremos uma mudança.

A globalização da esperança, que nasce dos povos e cresce entre os pobres, deve substituir esta globalização da exclusão e da indiferença.  

Vós sois semeadores de mudança. Aqui, na Bolívia, ouvi uma frase de que gosto muito: «processo de mudança». A mudança concebida, não como algo que um dia chegará porque se impôs esta ou aquela opção política ou porque se estabeleceu esta ou aquela estrutura social. Sabemos, amargamente, que uma mudança de estruturas, que não seja acompanhada por uma conversão sincera das atitudes e do coração, acaba a longo ou curto prazo por burocratizar-se, corromper-se e sucumbir. Por isso gosto tanto da imagem do processo, onde a paixão por semear, por regar serenamente o que outros verão florescer, substitui a ansiedade de ocupar todos os espaços de poder disponíveis e de ver resultados imediatos. Cada um de nós é apenas uma parte de um todo complexo e diversificado interagindo no tempo: povos que lutam por uma afirmação, por um destino, por viver com dignidade, por «viver bem».  

A economia não deveria ser um mecanismo de acumulação, mas a condigna administração da casa comum.  

Conheci de perto várias experiências, onde os trabalhadores, unidos em cooperativas e outras formas de organização comunitária, conseguiram criar trabalho onde só havia sobras da economia idólatra. As empresas recuperadas, as feiras francas e as cooperativas de catadores de papelão são exemplos desta economia popular.

Vemos novas formas de colonialismo 

Muitos graves pecados contra os povos nativos da América, cometidos em nome de Deus.

Não se pode permitir que certos interesses - que são globais, mas não universais", se imponham, submetendo Estados e organismos internacionais e continuem a destruir a criação.

O futuro da humanidade não está unicamente nas mãos dos grandes dirigentes, das grandes potências e das elites. Está fundamentalmente nas mãos dos povos; na sua capacidade de se organizarem e também nas suas mãos que regem, com humildade e convicção, este processo de mudança."

(Papa Francisco)

23 julho, 2019

Para Refletir


"O sangue inocente derramado, as crianças encurraladas sob os intensos bombardeios..."

A carícia da Igreja
"...um gesto que vai além das palavras; é um gesto que é amor da Igreja pelos mais fracos, é a carícia de Jesus aos famintos de hoje."

“Quanto sangue foi derramado! E quantos sofrimentos ainda deverão acontecer antes que se consiga encontrar uma solução política à crise?”

“Pedimos a todos os países que alarguem o asilo temporário, ofereçam o estatuto de refugiado a quantos se apresentarem idôneos, ampliem os seus esforços de socorro e colaborem com todos os homens e mulheres de boa vontade para um rápido fim dos conflitos em curso”

“Este sofrimento brada a Deus e faz apelo ao compromisso de todos nós por meio da oração e de todo o tipo de iniciativa”

“O fundamentalismo religioso – explica o Papa em janeiro de 2015 – ainda antes de descartar os seres humanos perpetrando horrendos massacres, rejeita o próprio Deus, relegando-O a mero pretexto ideológico”

“Há um juízo de Deus e também um juízo da história sobre as nossas ações às quais não se pode fugir! O uso da violência nunca leva à paz. Guerra chama guerra, violência chama violência!”

_____________________________
Do nosso amado Papa Francisco

A amada e martirizada Síria no coração do Papa Francisco



A amada e martirizada Síria no coração do Papa Francisco

Desde o início do Pontificado, Papa Francisco implorou pela Síria, tornando-se intérprete da dor de um povo sofredor, pedindo a intervenção da comunidade internacional para que as armas se calem. 

O mais recente gesto do Papa Francisco pela Síria foi comunicado nesta segunda-feira (22) com a declaração do novo Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, confirmando “a profunda preocupação do Papa pela situação humanitária na Síria com particular referência às dramáticas condições da população civil em Idlib”. A Carta foi entregue ao presidente da SíriaBashar Hafez al-Assad em Damasco pelo cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson.

O sangue inocente derramado, as crianças encurraladas sob os intensos bombardeios, muitas testemunhas de fé sequestradas e assassinadas, mas que não renegam diante da Cruz. Em seis anos de Magistério, são muitas as imagens que o Papa Francisco ofereceu ao mundo para que não esquecessem da desumana guerra na Síria. O Papa se fez voz da esperança, de paz, de compromisso não escondendo as dificuldades do diálogo entre as partes e o grande risco de transformar o conflito em uma “perseguição brutal” das minorias religiosas. A preocupação do Pontífice foi dirigida muitas vezes aos refugiados e os deslocados que fogem da guerra e da violência que “apenas cria novas feridas, cria novas violências”.

Ao lado do povo sírio

O Papa fez mais de uma dezena de apelos no Angelus e no Regina Coeli. A Síria é uma constante nas mensagens Urbi et Orbi que o Papa pronuncia; o mesmo acontece nas Audiências Gerais das quartas-feiras quando as notícias abalam pela violência com a qual são cometidas. Francisco faz com que os grandes da terra, todos os que encontra, escutem o grito de paz. Por exemplo, escreve ao presidente russo Vladimir Putin por ocasião da cúpula do G20 de São Petersburgo (5 de setembro de 2013), invocando “uma solução pacífica através do diálogo e da negociação entre as partes interessadas com o apoio conjunto da comunidade internacional”. Em 12 de dezembro de 2016 escreve ao presidente sírio Bashir Al-Assad, uma carta enviada em mãos pelo núncio apostólico na Síria, cardeal Mario Zenari, outro incansável embaixador de paz. Pede “uma solução pacífica das hostilidades”, a proteção dos civis, o acesso gratuito às ajudas humanitárias e condena “todas as formas de extremismo e terrorismo”.

A carícia da Igreja

“Quero dizer que vocês não estão sós”: assim Francisco explica a sua presença, junto com o Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu, na Ilha de Lesbos em 16 de abril de 2016, ao se dirigir aos refugiados abrigados nos hospitais do campo de Mòria. Ao seu retorno a Roma, traz consigo no avião três famílias sírias. É um gesto que vai além das palavras; é um gesto que é amor da Igreja pelos mais fracos, é a carícia de Jesus aos famintos de hoje. Três anos mais tarde o Papa envia o cardeal Konrad Krajewski, Esmoleiro Pontifício, para levar a sua proximidade e uma doação de 100 mil euros aos migrantes alojados nas estruturas da ilha. Também neste ano de 2019, na Via-Sacra do Coliseu, dois sírios apertam forte a Cruz na décima-segunda estação. As mãos que abraçam a madeira evocam as palavras do Papa na Carta aos Cristãos do Oriente Médio de 2014, “que vocês possam sempre dar um testemunho de Jesus – escrevia Francisco – através das dificuldades! Vocês são o fermento na massa”.

O Dia de Jejum e Vigília pela paz

Dezoito dias depois da sua eleição, na mensagem Urbi et Orbi o Papa recorda “a amada Síria” e a população ferida pelo conflito, mas também “os numerosos refugiados, que esperam ajuda e consolo”.

“Quanto sangue foi derramado! E quantos sofrimentos ainda deverão acontecer antes que se consiga encontrar uma solução política à crise?”

Um pergunta muito repetida com o passar dos anos . O Papa pede “coragem” e “decisão” para empreender o caminho da negociação, sem poupar esforços. A oração é a força à qual apegar-se na dor e na dificuldade, por isso promove para o dia 7 de setembro de 2013 o Dia de Jejum e de oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro. “A humanidade – diz Francisco no Angelus de primeiro de setembro de 2013 – precisa ver gestos e escutar palavras de esperança e de paz!”.

A assistência aos que sofrem

A preocupação de Francisco, no decorrer dos anos e em vista das cúpulas internacionais sobre a Síria, é de respeitar o direito humanitário. Pediu várias vezes garantias para a evacuação dos civis e elogiou a acolhida de países como o Líbano, a Jordânia e a Turquia. Em 2016, na Ilha de Lesbos, junto com o Patriarca Bartolomeu e o arcebispo de Atenas Ieronymos, assinou uma Declaração conjunta para implorar o fim da guerra e intensificar os esforços para a acolhida dos que fogem.

“Pedimos a todos os países que alarguem o asilo temporário, ofereçam o estatuto de refugiado a quantos se apresentarem idôneos, ampliem os seus esforços de socorro e colaborem com todos os homens e mulheres de boa vontade para um rápido fim dos conflitos em curso”

Que as armas se calem

Diante dos sequestros de cristãos e muçulmanos, entre eles, bispos e religiosos, Francisco pede que as armas se calem e na Carta aos cristãos do Oriente Médio fala de atribulações causadas pelo Estado Islâmico.

A aflição e a tribulação agravaram-se nos últimos meses por causa dos conflitos que atormentam a Região e, sobretudo, pela atuação de uma organização terrorista mais recente e preocupante, de dimensões antes inconcebíveis, que comete toda a espécie de abusos e práticas indignas do homem, atingindo de forma particular alguns de vocês que foram brutalmente expulsos das suas terras, onde os cristãos têm estado presentes desde a época apostólica.

“Este sofrimento brada a Deus e faz apelo ao compromisso de todos nós por meio da oração e de todo o tipo de iniciativa”

“O fundamentalismo religioso – explica o Papa em janeiro de 2015 – ainda antes de descartar os seres humanos perpetrando horrendos massacres, rejeita o próprio Deus, relegando-O a mero pretexto ideológico”

As crianças, esperança de paz

No pensamento de Francisco há sempre um espaço especial para as crianças, primeiras vítimas da guerra e que “não poderão ver a luz do futuro!”. Condenando com firmeza o recurso às armas químicas e os traficantes que “continuam fazendo seus interesses: armas molhadas de sangue, sangue inocente”, o Pontífice recorda que a violência cria violência.

“Há um juízo de Deus e também um juízo da história sobre as nossas ações às quais não se pode fugir! O uso da violência nunca leva à paz. Guerra chama guerra, violência chama violência!”

Em primeiro de junhode 2016, por ocasião do Dia Internacional da Criança, o Papa convida as crianças de todo o mundo a se unirem em oração com seus coetâneos sírios enquanto em 2 de dezembro de 2018, primeiro domingo de advento, acende uma vela, símbolo da paz, para as crianças que vivem em zonas de conflitos não percam a esperança. A paz, repetiu várias vezes Francisco, “começa no coração”.

Fonte: Vatican News

22 julho, 2019

Curso de formação político partidária e eleitoral


Conselho Nacional do Laicato do Brasil da Arquidiocese de Maringá – (CNLB-AM)
Curso de formação político partidária e eleitoral
Em vistas das eleições municipais de 2020.



Objetivo:

- Formar os agentes de pastorais, movimentos e organismos de nossa arquidiocese que aventam a ideia de participarem de um processo político eleitoral. Capacita-los, preparando-os para enfrentar os desafios que deverão ser enfrentados por estes cristãos na atuação no espaço político partidário;

- Municiar as paróquias da arquidiocese com a produção de um subsídio orientativo, que demonstre como as paróquias da arquidiocese devem proceder, caso em suas comunidades existam cristãos leigos e leigas que desejem e de fato, venham a participar do processo político eleitoral em 2020.

Público alvo:
Integrantes das pastorais, movimentos e organismos da Arquidiocese de Maringá que:

- Possam, por ventura, vir a participar do processo político eleitoral nas eleições municipais de 2020;

- Desejem conhecer melhor os limites da ética nos processos eleitorais no Brasil, e assim, possam ajudar suas comunidades a evitar exageros cometidos pelos nossos candidatos e até mesmo por nossas próprias comunidades.

Data - Local e Horário:

Dia 28 de setembro de 2019.
Local será o Centro Catequético da Paróquia São José Operário de Maringá
Das 9h às 16h30

Cronograma:

9:00 Oração Inicial
9:10 O processo histórico de formação dos partidos políticos no Brasil
Professor Dr. Reginaldo Dias (UEM)
11:00 Os desafios de uma campanha eleitoral e os limites da legislação
José Pacífico (Assessor Legislativo na Assembleia Legislativa do Paraná)
12:00 Almoço
13:00 O dia-a-dia de um vereador
Humberto Henrique (Ex-vereador, três gestões consecutivas em Maringá)
14:00 Os Cristãos Leigos no Mundo da Política, à luz do Concílio Vaticano II
Clodoaldo Assis (Presidente do CNLB-AM)
15:00 Trabalho de Grupo
16:00 Conclusão Final

Investimento:

R$ 30,00

 Inscrições:

Pelo e-mail secretaria@callm.com.br ou
pelo telefone (Whatsapp – Telegram) 44.99701.2699
Maiores informações, pelo e-mail presidencia@callm.com.br ou pelo telefone 44.99962.9057