Bispo que assumiu a missão de levar amparo e esperança às
vítimas do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão conta ao EM o que
viu e como a tarefa mudou sua vida.
Ao se ver no núcleo da maior tragédia humanitária e
ambiental mineira, o líder religioso teve dúvidas, se questionou, temeu não ser
capaz, mas tomou uma decisão corajosa que mudaria a sua vida e a de seu
rebanho. Em meio à devastação e ao sofrimento causados pelo rompimento da
Barragem B1 da Mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, o bispo auxiliar
da Arquidiocese de Belo Horizonte dom Vicente de Paula Ferreira se mudou para o
município, e desde então passa dias incomunicável, percorrendo as comunidades
atingidas mais carentes e isoladas do Vale do Rio Paraopeba para levar auxílio
humanitário, psíquico, social, espiritual e esperança.“Não fui preparado para
lidar com um rompimento de barragem. Quanto mais nessa extensão. Comecei a
questionar os valores da vida. Por que têm de acontecer coisas assim tão
brutais? Por que deixaram acontecer uma tragédia dessas? É raro o dia em que
não choro pela situação de Brumadinho”, desabafa o religioso, que aos 49 anos é
bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte e responsável pela Região de
Nossa Senhora do Rosário, com 150 comunidades, incluindo Brumadinho.
Em meio a essa demanda da vocação e às vésperas de um ano da
catástrofe que matou 270 pessoas, incluindo duas gestantes, ele concedeu
entrevista ao Estado de Minas num de seus raros retornos a Belo Horizonte.
Leia a entrevista aqui
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