15 maio, 2018

Unir saberes populares e acadêmicos para fomentar conhecimento e aprendizado!

Segue o texto que escrevi para ajudar a compreender a "Escola de Formadores e Articuladores para as CEBs"


Unir saberes populares e acadêmicos para fomentar conhecimento e aprendizado!

Fomentar conhecimento e aprendizado para um povo que em comunidade seja fermento de transformação em nossa Igreja Comunidades Eclesiais de Base, as CEBs, unir os saberes popular e os saberes acadêmicos, unir quem tem a sabedoria popular e quem tem conhecimento acadêmico.

Na pedagogia é através das palavras de Paulo Freire “paixão de conhecer”, é o saber que vai direcionando qual a melhor atitude a adotar nos diferentes contextos que a vida nos apresenta a partir do conhecimento próprio e rotineiro do povo e que permite discernir qual o melhor caminho a seguir.

A sabedoria popular é proveniente da relação com a natureza, com o meio ambiente e com a comunidade na qual se está inserido. E vejam, são tantos exemplos de sábias e sábios populares e são muitas pessoas reconhecidas como profetisas e profetas, o conhecimento popular, mistérios não compreendidos por uns e compreendidos e acolhidos por muitos.

A formação na mística das CEBs precisa ser uma mistura dos saberes populares e acadêmicos, reconhecer e valorizar esses saberes e as e os que possuem esses saberes.

Preocupar-se com a formação de nossas lideranças e do povo que formam a base da Igreja, hoje temos como espaço de formação em nossas CEBs os Grupos de Reflexão, a Catequese e as Pastorais e queremos oferecer a nossa Arquidiocese de Maringá (Paróquias e CEBs) e as Dioceses de Campo Mourão, Paranavaí e Umuarama, formadores e articuladores através da Escola de Formadores e Articuladores para as CEBs, na mística da caminhada tão longa e frutuosa de nossas Comunidades Eclesiais de Base.

Valorizando e unindo, nossas lideranças que tem o conhecimento popular, ou seja, através da experiência adquirida no dia a dia e os que possuem experiência adquirida também acadêmica. Misturar essas lideranças para fomentar nosso povo capacitando-os.

É preciso pensar as CEBs missionariamente a partir do compromisso com os pobres, marginalizados e afastados. Animados pela voz profética presente em Êxodo, 3:7 – “Eu vi, ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo”. Uma Igreja ousada e samaritana presente nas periferias geográficas e “periferias existenciais” onde há sofrimento, solidão e degrado humano.

A cidade e também o campo são hoje um grande desafio, principalmente com o Papa Francisco insistindo na ideia de uma “Igreja em saída”, que “rompe com a crosta do egoísmo” (D. Hélder Câmara), uma Igreja capaz de encarar os desafios de frente, que saiba dialogar com aquelas discípulas e aqueles discípulos, que, fugindo de Jerusalém, vagam sem meta, sozinhos, com o seu próprio desencanto, com a desilusão de uma igreja ainda fechada e estacionada.

Coordenar uma CEB, ser agente de pastoral, animar um grupo de reflexão nunca foi fácil. Para Francisco “Evangelizar é uma alegria”, é preciso pedir a graça de não cair num anúncio “aborrecido e triste”. A igreja tem o compromisso de ajudar na formação e na articulação de seus membros para estarem preparados para lidar com os problemas atuais e, acima de tudo, pensar e refletir as soluções para enfrentar essas dificuldades.

Nessa perspectiva nasce a “Escola de Formação de Formadores e Articuladores para as CEBs”, que terá sua primeira etapa no dia trinta de junho desse ano de 2018.

Maria e José que souberam com a sabedoria popular educar Jesus intercedam por nós e com a benção de nosso Deus a escola possa ser instrumento para capacitar formadores e articuladores para ir a base e ajudar a formar o povo que são a base de nossa Igreja.

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