23 novembro, 2022

As manifestações bolsonaristas e o vetor antissistema: o maior desafio do novo governo “é saber sair dessa espiral do inferno”. Entrevista especial com Piero Leirner.


O “vetor antissistema” é o que explica a adesão de grupos sociais às manifestações e aos acampamentos que estão ocorrendo em frente de alguns quartéis desde o encerramento das eleições presidenciais com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, segundo Piero Leirner.

“Hoje, eu tenho a impressão de que este tema galvanizou mais gente. Não exatamente porque a credibilidade dos militares aumentou – pelo contrário, ela vem decaindo –, mas porque esse ‘vetor antissistema’, que já estava sendo mobilizado desde lá de trás, fica o tempo todo se movendo por nichos onde ele pode aderir.

Em 2015, isso estava se aglutinando num antipetismo meio difuso; depois positivou na figura de Bolsonaro – que tem um comportamento de algoritmo, ele conduz a adesão a ele conforme a expectativa do ‘cliente’; agora, depois que Bolsonaro perdeu, este ‘sentimento outsider’ está procurando esse novo nicho, um militarismo ‘purificado’ que junta guerra, religião, moral, ideologia ultraindividualista e interesses econômicos”, diz na entrevista a seguir, concedida por e-mail ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

“Ainda que tenha uma mobilização mais ou menos espontânea, e sentimentos mais ou menos reais envolvidos, é preciso ter em mente as perguntas fundamentais: quem ganha e o que se ganha com isso?”, questiona o sociólogo.

Confira à íntegra da entrevista AQUI

Nenhum comentário: