23 dezembro, 2025

Celebrar o Natal em um mundo marcado pela ausência de paz e de empatia!

Celebrar o Natal em um mundo marcado pela ausência de paz e de empatia é, ao mesmo tempo, um desafio e um ato profundamente profético.

O Natal não nasceu em tempos tranquilos. Jesus veio ao mundo em meio à violência do Império, à pobreza, ao medo e à exclusão. Não encontrou palácios nem aplausos, mas uma manjedoura, o frio da noite e o coração simples de quem soube acolher. Por isso, celebrar o Natal hoje, em meio às guerras, às injustiças, às tragédias, à indiferença e ao sofrimento de tantos, não é contradição: é fidelidade à sua origem.

Quando falta paz no mundo, o Natal nos recorda que a paz começa pequena, como um menino frágil, e cresce onde há gestos concretos de cuidado. Quando falta empatia, o Natal nos provoca a sair de nós mesmos, a “ir a Belém”, a enxergar o outro, sobretudo o pobre, o ferido, o esquecido, como lugar onde Deus continua a nascer.

Celebrar o Natal não é fugir da realidade dura, nem maquiar a dor com luzes e enfeites. É afirmar, com esperança teimosa, que a violência não tem a última palavra, que o ódio não vence o amor e que a indiferença pode ser quebrada pela proximidade. Cada gesto de partilha, cada escuta sincera, cada atitude de solidariedade é uma forma de fazer o Natal acontecer de novo.

Neste mundo ferido, celebrar o Natal é escolher ser sinal de paz onde há conflito, de empatia onde há indiferença, de vida onde a esperança parece apagada. É acreditar que Deus continua apostando na humanidade — e nos chamando a ser, hoje, a manjedoura onde Ele pode nascer.

Feliz Natal!

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Eu, Lucimar Moreira Bueno

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