05 fevereiro, 2009

ADÃO PRETO, um grande lutador

A notícia da morte do deputado federal Adão Preto (PT-RS) me deixou comovido e me fez recordar o dia 10 de dezembro de 2007, dia de luta contra o leilão das Usinas Hidrelétricas (com grandes Barragens) do rio Madeira, dia de luta também contra a Transposição do rio São Francisco. Adão Preto estava lá conosco, firme na luta.
Cerca de 400 militantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), CPT, Via Campesina, Movimento estudantil e de outros movimentos sociais ocuparam, durante a manhã, o prédio da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), onde o leilão foi realizado de forma autoritária. Após umas quatro horas de ocupação, mais de 200 soldados da tropa de choque, com cães, escudos e cassetetes, entraram em ação, reprimindo a ocupação com violência. Sete militantes foram presos e, algemados, conduzidos à sede da Polícia Federal no Distrito Federal.
O camponês que se tornou deputado, Adão Preto, esteve conosco na sede da Polícia Federal prestando solidariedade aos presos e intercedendo pela libertação deles. Na hora, Adão Preto telefonou para o ministro da Justiça Tarso Genro, explicou a justeza da luta contra o Leilão das Usinas do rio Madeira e contra a Transposição do Velho Chico e pediu a libertação dos encarcerados. Falou também com o Diretor Geral da Polícia Federal e com o delegado de prantão. Adão só deixou a sede da Polícia Federal junto com os sete presos políticos libertados.
Sempre com um jeito afável, simples, humilde, mas firme na defesa dos pobres que lutam de forma organizada. Obrigado, Adão Preto! Sua luz e força infinita continuarão brilhando em tantos discípulos/as que você deixou aqui. Adão Preto, agora, não apenas descansa, mas vive plenamente. Honremos o legado de luta que ele nos deixou.

Um abraço terno. Frei Gilvander Moreira

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