Tenho relações de amizade e de colaboração com muitos evangélicos que são contrários, como o senhor e eu, ao aborto. Mas não proclamam condenações públicas. Talvez, é uma das razões pelas quais as comunidades evangélicas atraem hoje tantos católicos, particularmente no Brasil. Constato que a opinião pública não entende nada de excomunhão. Ela a percebe como uma condenação das pessoas e não uma proposta de cura e de conversão. Considero que devemos encontrar outros meios para dizer às nossas comunidades que o comportamento ou as palavras de certos católicos não estão de acordo com o que a Igreja pretende e crê que seja a vontade de Deus.
Não lhe escondo nem que me pergunto também como se pode dizer que o estupro é menos grave do que o aborto que suprime a vida no ventre de uma mãe. Mulheres estupradas se confiaram a mim. Algumas puderam resolver-se e avançar na vida com a lembrança das suas feridas que nunca desaparece completamente. Mas outras, mesmo estando vivas fisicamente, foram mortas no mais profundo do seu ser e não conseguem mais viver. A vida não é apenas física, o senhor bem o sabe. Leia na íntegra
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