25 junho, 2010

Festas juninas e a ecologia

Em todo o Brasil, junho é marcado pelas festas juninas. Quem acompanha os costumes das várias regiões do Brasil sabe que estes festejos estão ligados a danças tradicionais do meio rural, quando as pessoas viviam uma relação mais forte com a terra. As comidas típicas deste tempo são sinais disso. No Nordeste, o milho é elemento fundamental das festas de junho. No frio do sul, o pinhão cozido e a bebida do quentão fazem parte da alegria. Tanto as danças, como as comidas são símbolos dos antigos cultos à Mãe Terra.
Até o nome do mês de junho é uma homenagem a Juno, deusa-mãe dos antigos romanos, responsável pela fertilidade da terra e pela fecundidade feminina. Nos tempos posteriores, esses ritos da fertilidade assumiram vestes cristãs. O povo dedicou estas festas a Santo Antônio, São João Batista e São Pedro, cujas festas a Igreja celebra em junho. A estes santos o povo atribuiu poderes semelhantes às divindades antigas. Santo Antônio herdou o título de “santo casamenteiro”, São João Batista ficou ligado à fogueira, enquanto São Pedro vê sua festa tomada pelos festejos do boi-bumbá. De fato, na tradição cristã, Santo Antônio se mobilizou pela capacidade de comunicação. São João Batista é comparado no evangelho a um fogo que comunica a luz (Jesus). São Pedro é um exemplo de mártir, ou seja, de alguém que arrisca a vida pela fé. De alguma forma no conflito representado no bumba-meu-boi este elemento de quem dá a vida por amor é preponderante. Assim, na América do Sul, as fogueiras que se acendiam em homenagem ao sol que renasce no solstício do inverno se transformaram em homenagem a São João. As quadrilhas devolvem ao povo...continue lendo...

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