Juazeiro do
Norte, 14 de julho de 2013.
“Juventude que ousa lutar constrói o poder popular”
Nós juventudes reunidos no Trezinho
das Comunidades Eclesiais de Base, na diocese de Crato, em preparação ao 13º
Intereclesial que vivenciamos a experiência da Justiça e Profecia a Serviço da
Vida no Campo e na Cidade. Assim, queremos anunciar a todas as juventudes de
todos os continentes que estarão presentes na Jornada Mundial da Juventude e no
13º Intereclesial de CEBs, que seguindo o testemunho do Cristo libertador
procuramos vivenciar uma espiritualidade profética, que se torna visível na
opção preferencial pelos pobres e na defesa da vida por uma sociedade do bem viver. Impulsionados pela profecia
desta terra e dos mártires que na fidelidade ao Evangelho derramaram seu sangue
pela causa do Reino, denunciamos:
·
O
atual modelo capitalista que movido pelo lucro que mata nossas juventudes,
sobretudo, os negros e negras pobres, e assim, destrói a esperança da
continuidade da vida que Deus nos deu.
·
A
falta de efetivação de políticas públicas específicas para os jovens do campo e
da cidade.
·
Os
grandes projetos e mega eventos que com a máscara de “desenvolvimento” para o
campo e as cidades, expulsam comunidades de seus territórios destruindo as
culturas e tradições que historicamente se formaram.
Repudiamos:
·
A
redução da maioridade penal por entendermos que ela não resolverá o problema da
violência, visto que a mesma tem causa na desigualdade social e na falta de
oportunidade para o desenvolvimento de uma vida digna – “Eu vim para que todos
tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10).
·
A
postura de políticos que se utilizam de bens públicos para alimentarem a
ganância pelo dinheiro e a impunidade que favorece a prática de tais crimes –
“Vóis não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Dt9).
Por tudo que foi explicitado
afirmamos nosso compromisso em:
·
Comungar
da luta da juventude negra, indígena, camponesa, pescadores e quilombola, defendendo
a sua identidade e territórios.
·
Lutar
pela democratização dos meios de comunicação como garantia de espaço e
expressão popular, realizando um contraponto da grande mídia que destorce as
mais diversas lutas sociais.
·
Assumimos
a defesa das mais diversas formas de amar como expressão do gesto em que Jesus
acolhe a samaritana (Jo4), e assim,rompe preconceitos presentes em nós e na
sociedade.
Nós, juventudes encantados (as) com o
embalo das Comunidades Eclesiais de Base seguiremos firmes na caminhada rumo a
uma sociedade em que todos (as) sejam protagonistas de uma nova história.
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