O grito do Papa: “Não à
rigidez; Deus quer misericórdia”
Ultimas palavras do querido Papa Francisco antes de iniciar o Sínodo sobre a família. Inspirado no rebelde profeta Jonas.
Ultimas palavras do querido Papa Francisco antes de iniciar o Sínodo sobre a família. Inspirado no rebelde profeta Jonas.
Poderia ser mais claro e
explicito o seu recado?
Rezemos
que prevaleça a misericória.
O grito do Papa: “Não à rigidez; Deus quer misericórdia”
O grito do Papa: “Não à rigidez; Deus quer misericórdia”
O coração
duro é o verdadeiro perigo para o ser humano, porque não deixa entrar a
misericórdia de Deus. O destaque é do Papa Francisco e feito durante a
homilia na missa matutina na Capela da Casa Santa Marta, antes de se dirigir, segundo indicou a Rádio Vaticano, à
aula nova do Sínodo, onde
acontece a assembleia geral dos bispos sobre o tema da família.
A reportagem é de Domenico Agasso Jr e publicada por Vatican Insider, 06-10-2015. A tradução é de André Langer.
O Pontífice pediu para não obstaculizar a misericórdia do Senhor, considerando mais importantes as próprias ideias ou uma lista de mandamentos que devem ser seguidos. Disse-o referindo-se ao profeta Jonas, que resiste à vontade de Deus, mas que depois aprende que deve obedecer.
Francisco baseou sua homilia na primeira leitura do dia, do livro de Jonas, e destacou que a cidade de Nínive converte-se graças à sua pregação: “Realmente faz um milagre, porque neste caso ele deixou sua teimosia de lado e obedeceu à vontade de Deus, e fez aquilo que o Senhor lhe havia pedido”.
Nínive converte-se e por este motivo Jonas, homem “não dócil ao Espírito de Deus, se enfurece: sentiu um enorme desgosto e foi desdenhado”. E vai além, chegando inclusive a se queixar de Deus.
O Papa explicou que a história de Jonas e Nínive articula-se em três pontos: o primeiro é “a resistência à missão que o Senhor lhe confia”; o segundo é “a obediência, e quando se obedece, milagres acontecem. A obediência à vontade de Deus, e Nínive se converte”. O terceiro, “a resistência à misericórdia de Deus”.
Francisco prosseguiu refletindo sobre a dureza dos corações. “‘Senhor, não era justamente isso que eu dizia quando estava ainda em minha terra? Porque Tu és um Deus misericordioso e piedoso’, e eu fiz todo o trabalho de pregar, cumpri bem meu dever, e Tu os perdoas? É o coração com aquela dureza que não deixa entrar a misericórdia de Deus. É mais importante a minha pregação, são mais importantes os meus pensamentos, é mais importante a lista de mandamentos que devo observar, tudo, exceto a misericórdia de Deus”.
E esta situação, “este drama”, o próprio Jesus o viveu “com os doutores da Lei, que não entendiam porque ele não permitiu que a mulher adúltera fosse apedrejada, como ele fazia refeições junto com os publicanos e os pecadores: eles não entendiam. Não entendiam a misericórdia. ‘Tu és misericordioso e piedoso’”.
Mas o Salmo do dia sugere esperar “o Senhor, porque com o Senhor está a misericórdia, e grande é com Ele a redenção”.
O Papa acentuou: “Onde está o Senhor está a misericórdia. E Santo Ambrósio acrescentava: ‘E onde há rigidez ali estão seus ministros’. A teimosia que desafia a missão, que desafia a misericórdia”.
Assim, enquanto nos aproximamos do Ano da Misericórdia, recordou o Papa, “rezemos ao Senhor para que nos faça entender como é seu coração, o que significa ‘misericórdia’, o que quer dizer quando Ele diz: ‘Quero misericórdia e não sacrifício!’”
A reportagem é de Domenico Agasso Jr e publicada por Vatican Insider, 06-10-2015. A tradução é de André Langer.
O Pontífice pediu para não obstaculizar a misericórdia do Senhor, considerando mais importantes as próprias ideias ou uma lista de mandamentos que devem ser seguidos. Disse-o referindo-se ao profeta Jonas, que resiste à vontade de Deus, mas que depois aprende que deve obedecer.
Francisco baseou sua homilia na primeira leitura do dia, do livro de Jonas, e destacou que a cidade de Nínive converte-se graças à sua pregação: “Realmente faz um milagre, porque neste caso ele deixou sua teimosia de lado e obedeceu à vontade de Deus, e fez aquilo que o Senhor lhe havia pedido”.
Nínive converte-se e por este motivo Jonas, homem “não dócil ao Espírito de Deus, se enfurece: sentiu um enorme desgosto e foi desdenhado”. E vai além, chegando inclusive a se queixar de Deus.
O Papa explicou que a história de Jonas e Nínive articula-se em três pontos: o primeiro é “a resistência à missão que o Senhor lhe confia”; o segundo é “a obediência, e quando se obedece, milagres acontecem. A obediência à vontade de Deus, e Nínive se converte”. O terceiro, “a resistência à misericórdia de Deus”.
Francisco prosseguiu refletindo sobre a dureza dos corações. “‘Senhor, não era justamente isso que eu dizia quando estava ainda em minha terra? Porque Tu és um Deus misericordioso e piedoso’, e eu fiz todo o trabalho de pregar, cumpri bem meu dever, e Tu os perdoas? É o coração com aquela dureza que não deixa entrar a misericórdia de Deus. É mais importante a minha pregação, são mais importantes os meus pensamentos, é mais importante a lista de mandamentos que devo observar, tudo, exceto a misericórdia de Deus”.
E esta situação, “este drama”, o próprio Jesus o viveu “com os doutores da Lei, que não entendiam porque ele não permitiu que a mulher adúltera fosse apedrejada, como ele fazia refeições junto com os publicanos e os pecadores: eles não entendiam. Não entendiam a misericórdia. ‘Tu és misericordioso e piedoso’”.
Mas o Salmo do dia sugere esperar “o Senhor, porque com o Senhor está a misericórdia, e grande é com Ele a redenção”.
O Papa acentuou: “Onde está o Senhor está a misericórdia. E Santo Ambrósio acrescentava: ‘E onde há rigidez ali estão seus ministros’. A teimosia que desafia a missão, que desafia a misericórdia”.
Assim, enquanto nos aproximamos do Ano da Misericórdia, recordou o Papa, “rezemos ao Senhor para que nos faça entender como é seu coração, o que significa ‘misericórdia’, o que quer dizer quando Ele diz: ‘Quero misericórdia e não sacrifício!’”
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