A CESP (São Paulo), a CEMIG (Minas Gerais) e a COPEL (Paraná) não aderiram a renovação das concessões por orientação de seus governadores e de sua base parlamentar aliada porque cerca de 70% das ações destas empresas já estão privatizadas e juntas, em 2011, tiveram um lucro próximo a R$ 4 bilhões. No mesmo ano remeteram aproximadamente R$ 3 bilhões de lucro aos acionistas. Para continuar atendendo aos interesses dos especuladores, não aderiram à renovação e não aceitaram reduzir as tarifas de energia. Ou seja, preferiram ficar contra o povo e a favor dos acionistas das bolsas de valores.
Estas usinas estavam vendendo sua energia próximo a R$ 100,00 por MWh e com a medida do Governo Dilma deveriam vender por cerca de R$ 37,00 pelo mesmo MWh. As empresas estatais federais já aceitaram a renovação, no entanto os governadores do PSDB de São Paulo, Minas Gerais e Paraná se colocaram contra e não aceitaram reduzir nenhum centavo nas tarifas.
Depois do processo de privatização do setor elétrico brasileiro nos anos 90 realizado pelo PSDB de FHC, as tarifas de energia elétrica aumentaram muito, a tal ponto que a população brasileira paga uma das tarifas mais altas do mundo, mesmo que tenhamos um custo de produção dos mais baixos. Os lucros passaram ser extraordinários. Somente a transnacional francesa Suez Tractebel enviou para fora do Brasil cerca de R$ 8 bilhões nos últimos anos. Além disso, das doze empresas que mais remetem lucro aos acionistas, nove são do setor elétrico. Isso revela o alto grau de exploração que o povo brasileiro tem sofrido através das tarifas de energia elétrica.
Parte importante do setor elétrico brasileiro...continue lendo...
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