Minha Santa Mãezinha
Lembro quando lhe dei essa
boneca e o quanto ficou feliz. No naquele dia nem entendi sua felicidade.
Desculpe minha mãezinha, não
consigo segurar ás lágrimas, porque vem do coração. Primeiro dia das mães sem
sua presença física. Seis meses e nove dias, saudades, o tempo passa tão rápido
que parece que foi ontem que foi sua passagem, sua páscoa.
Lembro quando passei no
vestibular da UEM, meu Deus, sua felicidade foi muito maior que a minha. Lembro
quando coordenei o Primeiro Encontrão das CEBs da Arquidiocese de Maringá e no
dia lá estava alegre e orgulhosa por mim, pelo meu “crescimento”. Também lembro
quando terminei a faculdade, no dia da colação de grau, o Ginásio de Esporte
Chico Neto estava lotado e no meio da multidão dava para ver o brilho de seus
olhos de alegria, emoção e orgulho. Lembro quando lhe dei essa boneca e não
consegui entender porque ficou tão feliz. São tantas as lembranças... Lembro
quando tive que aprender mudar a função, de filha para mãe que iniciou no dia
em que sofreu o AVC, final de janeiro de 2017, desse dia até o dia de sua
páscoa, primeiro de novembro de 2019 foi um período de acertos e erros em minha
função de cuidar de você, período turbulento, com tantas dores e perdas,
falecimento de meu irmão, tias e tio. Tu foste uma guerreira minha mãe, não
teve uma vida fácil, passou por momentos difíceis acamada sem reclamar e
procurando nos fortalecer e alegrar quando podia e os últimos dias no hospital
e UTI ficou visível sua santidade. No dia de todas as santas e santos de Deus
tu se juntou a eles. Minha Santa Mãezinha, meu eterno amor.
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