Por: Arnaldo Jabor
Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertiacom o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, viviade pequenos biscates e esmolas. Diariamente eles chamavam o idiota aobar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: umagrande de 400 REIS e outra menor de 2.000 REIS. Ele sempre escolhia amaior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos. Certodia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda nãohavia percebido que a moeda maior valia menos. Eu sei, respondeu otolo. 'Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda'.
Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa:
A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é. A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história? A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.
Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem,mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.
Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos. O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente.
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