14 novembro, 2009

O rio e a cidade

Tu vens de muito longe, há muito tempo, desde que te chamavam de Caapiuar-y-be. Vences barreiras, abres veredas – e chegas aqui qual amante que se aloja no leito da mulher amada: ora forte, exuberante; ora sinuoso, como que a contorcer-se preguiçoso e carente após tremenda peleja. A cidade amada o acolhe sequiosa do teu vigor e do teu afeto. O tempo, porém, sob o vendaval da moderna desordem, perturba a tua relação com a cidade como os desencontros da vida ameaçam uma relação de amor. Já não és mais aquele, que ao olhar ...Continue lendo...

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