Nada antes ou depois. Tudo a seu tempo - Por Dom Anuar Battisti
Nestes dias, vendo e ouvindo notícias sobre as trágicas ocorrências das enchentes e chuvas torrenciais, principalmente a perda de tanta gente, pessoas e famílias inteiras destruídas, desaparecidas, pergunto: o que fazer?
O que fazer diante de tantos lares sem lar, tantas famílias sem nada, nem mesmo os seus mais queridos? O que fazer quando as catástrofes naturais não marcam dia e nem hora e muito menos as consequências?
De nada adianta interpretações climáticas, culpar este ou aquele, ou dizer que são sinais do fim dos tempos quando menos responsabilizar o Deus Criador.
Ele fez tudo tão bom, "viu que tudo era muito bom". Situações semelhantes já ocorreram em outros lugares do planeta, com intensidades muito mais graves e consequências que levarão anos para ser remediadas. Não será o primeiro e nem o último fenômeno da natureza a nos assustar.
Humanos que somos, criados "para crescer, multiplicar e aperfeiçoar a terra" resta-nos retomar a missão que Deus nos deixou e não lamentar como alguém que manchou a branca toalha ao derramar uma taça de vinho tinto.
Lamentações, não. Solidariedade, sim. Sentir mesmo à distância a dor e o sofrimento alheio, participar com gestos concretos, dando o pouco que temos na ordem material, acompanhado da prece que brota da fé, é o que faz a diferença nestes momentos de tragédias.
É hora de somar na busca de gestos concretos para dar às vítimas, irmãos e irmãs brasileiros, que nesta hora necessitam de nosso gesto de amor.
Nada mais toca a nossa sensibilidade humana do que a dor pessoal e do outro que jamais esperava por ela. Não somos máquinas e sim pessoas com sentimentos e desejos, coração que sente e chora, que grita e agradece.
Somos gente cuja vida encontramos sentido na luta e labuta diária, com a força do Senhor que gritou: "Se for possível afasta de mim este cálice, porém não faça a minha vontade e sim a Tua".
A dor e o sofrimento são partes integrantes do nosso ser humano. Não fomos feitos para o sofrimento e sim para passar por ele, entender que só se chega ao amor, passando pelo fogo da dor.
Quantas situações pessoais só resolvidas através da dor, da perda e da morte. Se não entenderes pelo amor, entenderás pela dor. Por isso o sofrimento humano não é inútil. Encontramos a razão do seu existir quando nele somos capazes de ver, marcado com todo o carinho, o amor de Deus, pois Ele "prova aqueles a quem mais ama". Por mais que se queira tirar o sofrimento e a dor, estes jamais vão deixar de habitar o coração humano, pois ao contrário deixaria de ser humano.
O caminho é o amor solidário, que vai além de uma simples doação. Doar muitas das vezes é fácil. Doar-se amando custa um pouco mais, pois o amor permanece como exigência do ser criado a imagem e semelhança do Criador.
Gestos momentâneos passam. Já o amor permanece como razão do ser e existir para nós e para os outros. Por isso aqui está uma forma concreta do amor solidário: A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), através da Cáritas, realiza no próximo dia 30 uma coleta nacional em todas as paróquias para ajudar as vítimas das enchentes ocorridas neste mês de janeiro.
Se você não puder ir à missa no próximo domingo faça a sua doação através das contas bancárias: Campanha "SOS Sudeste"(CNBB e Cáritas Brasileira) Caixa Econômica Federal (CEF). Agência-1041–OP.003, conta-corrente 1490-8, ou Banco do Brasil, agência-3475-4, conta-corrente 32.000-5.
Dom Anuar Battisti
Arcebispo de Maringá
O que fazer diante de tantos lares sem lar, tantas famílias sem nada, nem mesmo os seus mais queridos? O que fazer quando as catástrofes naturais não marcam dia e nem hora e muito menos as consequências?
De nada adianta interpretações climáticas, culpar este ou aquele, ou dizer que são sinais do fim dos tempos quando menos responsabilizar o Deus Criador.
Ele fez tudo tão bom, "viu que tudo era muito bom". Situações semelhantes já ocorreram em outros lugares do planeta, com intensidades muito mais graves e consequências que levarão anos para ser remediadas. Não será o primeiro e nem o último fenômeno da natureza a nos assustar.
Humanos que somos, criados "para crescer, multiplicar e aperfeiçoar a terra" resta-nos retomar a missão que Deus nos deixou e não lamentar como alguém que manchou a branca toalha ao derramar uma taça de vinho tinto.
Lamentações, não. Solidariedade, sim. Sentir mesmo à distância a dor e o sofrimento alheio, participar com gestos concretos, dando o pouco que temos na ordem material, acompanhado da prece que brota da fé, é o que faz a diferença nestes momentos de tragédias.
É hora de somar na busca de gestos concretos para dar às vítimas, irmãos e irmãs brasileiros, que nesta hora necessitam de nosso gesto de amor.
Nada mais toca a nossa sensibilidade humana do que a dor pessoal e do outro que jamais esperava por ela. Não somos máquinas e sim pessoas com sentimentos e desejos, coração que sente e chora, que grita e agradece.
Somos gente cuja vida encontramos sentido na luta e labuta diária, com a força do Senhor que gritou: "Se for possível afasta de mim este cálice, porém não faça a minha vontade e sim a Tua".
A dor e o sofrimento são partes integrantes do nosso ser humano. Não fomos feitos para o sofrimento e sim para passar por ele, entender que só se chega ao amor, passando pelo fogo da dor.
Quantas situações pessoais só resolvidas através da dor, da perda e da morte. Se não entenderes pelo amor, entenderás pela dor. Por isso o sofrimento humano não é inútil. Encontramos a razão do seu existir quando nele somos capazes de ver, marcado com todo o carinho, o amor de Deus, pois Ele "prova aqueles a quem mais ama". Por mais que se queira tirar o sofrimento e a dor, estes jamais vão deixar de habitar o coração humano, pois ao contrário deixaria de ser humano.
O caminho é o amor solidário, que vai além de uma simples doação. Doar muitas das vezes é fácil. Doar-se amando custa um pouco mais, pois o amor permanece como exigência do ser criado a imagem e semelhança do Criador.
Gestos momentâneos passam. Já o amor permanece como razão do ser e existir para nós e para os outros. Por isso aqui está uma forma concreta do amor solidário: A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), através da Cáritas, realiza no próximo dia 30 uma coleta nacional em todas as paróquias para ajudar as vítimas das enchentes ocorridas neste mês de janeiro.
Se você não puder ir à missa no próximo domingo faça a sua doação através das contas bancárias: Campanha "SOS Sudeste"(CNBB e Cáritas Brasileira) Caixa Econômica Federal (CEF). Agência-1041–OP.003, conta-corrente 1490-8, ou Banco do Brasil, agência-3475-4, conta-corrente 32.000-5.
Dom Anuar Battisti
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