É preciso formar
lideranças; investir nas pessoas, simples ou não, escolarizada ou não que
possam chegar até esse povo sofrido com palavras boas, de acolhida, de carinho
e de esperança. Palavras capazes de curarem feridas e motivar para a vida, sem
fantasiar ou fugir da realidade. Não se resolve nada fingindo que o problema
não existe.
É
preciso despertar nas lideranças o gosto para contar lindas histórias de amor,
de luta, de entrega, de paz e solidariedade. Histórias essas vividas por Jesus
e por tantas mulheres e homens, de ontem e de hoje, que derramaram e derramam
seu sangue no campo e na cidade, resgatando o povo sofrido. A Igreja precisa
reaprender a falar de Jesus crucificado nos pobres.
A Igreja precisa
ser aquela que ama e é amada pelo povo, para tanto, se faz necessário reafirmar
a opção pelos pobres, reafirmar como uma Samaritana a serviço da vida - “Viu,
aproximou-se, sentiu compaixão e curou-lhe as feridas” (Lc 10, 33-34). A
participação leiga de forma ativa, criativa e responsável, dentro e fora da
Igreja, é fundamental para a evangelização. Sua missão, própria e específica,
se realiza no mundo de tal modo que, com seu testemunho e sua atividade,
contribui para a transformação das realidades e para a criação de estruturas
justas segundo os critérios do Evangelho (cf. DA, 2007, nl. 210, p.102).
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