Amanhã
tem início o tempo da quaresma com a quarta-feira de cinzas e em toda a Igreja
do Brasil a Campanha da Fraternidade (CF) que traz como tema “Fraternidade e
Tráfico Humano” e o lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl5,1).
Na
missa de quarta-feira de cinzas e durante o período da quaresma Jesus nos
apresenta um programa de vida: oração, perdão, amor, jejum, caridade fraterna,
penitência. Um convite para que cada pessoa faça um ver-julgar-agir de si
mesma. Com a imposição das cinzas sobre a cabeça o apelo de Jesus:
“convertei-vos e crede no Evangelho!”.
A Campanha da Fraternidade é realizada
anualmente pela Igreja Católica, sempre no período da Quaresma. Seu objetivo é
despertar a solidariedade dos seus fiéis e da sociedade em relação a um
problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos e
solução. A cada ano é escolhido um tema, que define a realidade concreta a ser
transformada, e um lema, que explicita em que direção se busca a transformação.
A campanha é coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Na Paróquia Nossa Senhora da Liberdade,
Maringá-Pr, haverá missa com distribuição de cinzas às 15 horas e às 20 horas.
A missa será presidida pelo Pároco Padre Dirceu Alves do Nascimento
Segue abaixo, os objetivos e o significado da
CF deste ano de 2014.
Fonte: Texto Base CF
2014
O objetivo geral da Campanha da Fraternidade de 2014 é “identificar as práticas de
tráfico humano em suas várias formas e denunciá-las como violação da dignidade
e da liberdade humanas, mobilizando cristãos e pessoas de boa vontade para
erradicar este mal com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus”.
1. Objetivos específicos:
- Identificar as causas e modalidades do tráfico humano e os rostos sofridos
por esta exploração;
- Celebrar o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo, sensibilizando
para a solidariedade e o cuidado às vitimas dessas práticas;
- Suscitar, à luz da Palavra de Deus, a conversão que conduza ao empenho
transformador desta realidade aviltante da pessoa humana;
- Denunciar as estruturas e situações causadoras do tráfico humano;
- Promover ações de prevenção e de resgate da cidadania dos atingidos;
- Reivindicar, aos poderes públicos, políticas e meios para a reinserção das
pessoas atingidas pelo tráfico humano na vida familiar, eclesial e social.
O Cartaz:
O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do
tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de
dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de
impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a
força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua
terra, de sua família e de sua gente.
Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola
a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus.
A sombra na parte superior do cartaz expressa as violações do tráfico humano,
que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a
sociedade.
As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das
pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do
tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na
cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para
a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com
injustiças, como às presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas
pelas mãos na parte inferior.
A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande
vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que
facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas
mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são
explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos.
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