Um pequeno texto que escrevi para uma reflexão, será tema de uma das celebrações do 7º Intereclesial das CEBs do Paraná, que a Província Eclesiástica de Maringá é responsável.
O intereclesial das CEBs acontecerá entre os dias 21 a 24 do corrente mês.
Periferias, geográficas e
existenciais
Para o papa Francisco, a periferia
é a situação limite, a fronteira do humano, a condição onde os valores se
encontram sob ameaça.
Vejo a periferia como um mundo
desconhecido, que precisa tornar-se conhecido, pelos governos, pela igreja e
por nós.
As periferias constituem o maior
fenômeno urbano e social da América Latina. Elas reúnem em condições precárias
milhões de famílias, migrantes e descendentes que jamais contaram com políticas
públicas razoáveis de urbanização, transportes, educação e saúde.
O Papa convoca as mulheres e
homens de boa fé a irem combater a pobreza material, dentro das periferias
materiais.
Mas existe outro tipo de
periferias que para o papa Francisco se não forem alcançadas, muito
provavelmente a pobreza material irá crescer e se multiplicar, são às
periferias existenciais.
As periferias existenciais
precisam ser alcançadas, elas machucam, feri, quase não aparece, tem muita
dificuldade de se mostrar e muitas vezes não quer aparecer.
A periferia existencial é a
pobreza existencial, a falta de sonho, de utopias e de esperança. É o vazio da
vida. Nossas cidades estão cheia de periferias existenciais.
Elas atingem pobres e ricos. As
pessoas não conseguem ser felizes, vivem uma vida vazia, sem projetos que possam
dar um sentido maior a vida.
Muito triste, para poderem
suportar o vazio, muitas dessas pessoas recorrem a algum tipo de vício, por exemplo, o
uso de drogas, o excesso de bebidas alcoólicas, o excesso de remédios
antidepressivos e outros.
Papa Francisco nos diz que, é
preciso reencantar a mulher e o homem, a mulher e o homem precisam voltar a
sonhar, a confiar em Deus e a ter fé.
Precisamos chegar até as
periferias geográficas e existenciais, com a ternura de nosso Deus. Onde não houver ternura,
dificilmente haverá amor.
Uma das
características lindas do agir de Jesus é o seu fazer-se próximo com uma
ternura de compaixão, de amizade, de serviço e de participação profunda na
vivência com toda criatura de Deus.
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