Comissão para a Ação SocioTransformadora lança perfis da 6º
Semana Social Brasileira
A Comissão Episcopal Pastoral para a Ação
Sociotransformadora, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lança
nesta segunda-feira , 04 de maio, os perfis da 6ª Semana Social Brasileira
(SSB) no Instagram e Twitter e reativa os perfis do Facebook e YouTube.
Nesta 6ª edição, a Semana Social Brasileira apresenta a
proposta de mobilizações com o tema central: Mutirão pela Vida: por Terra, Teto
e Trabalho. Uma inspiração a partir dos três “T”, que foram gestados no 1º
Encontro Mundial dos Movimentos Populares com o papa Francisco, em outubro de
2014, em Roma. No discurso Francisco
convocou: “Digamos juntos, de coração: nenhuma família sem casa, nenhum
camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhuma pessoa sem a
dignidade que o trabalho dá”.
A secretária-executiva da 6ª Semana Social Brasileira,
Alessandra Miranda, explica as motivações para o início das mobilizações nas
redes sociais: “O lançamento e os diálogos que serão possibilitados por meio
das redes sociais é muito importante para mobilizar o que estamos chamando de
Mutirão pela Vida, tendo em vista que esse período de pandemia de Covid-19 nos
convoca ao distanciamento social, mas também nos convida a perceber como essa
realidade pode gerar muitas formas de solidariedade. Então, lançar e atualizar
as redes sociais da 6ª SSB é uma maneira de fortalecer o que já está sendo
feito no campo da solidariedade. É também a possibilidade de alcançar cada pessoa
e convidá-la para esse processo. Assim cada um, cada uma, já pode entrar nesse
mutirão e se perceber na vivência da 6ª SSB, especialmente nesse cenário de
pandemia”.
A 6ª SSB assume o compromisso com novos valores e novas
formas de convivência entre os seres humanos e com todos os seres da Terra. O
contexto para motivar a sua realização tem aspectos da realidade social,
econômica e política do Brasil, que desafiam a sociedade brasileira a dialogar,
aprender, avaliar, questionar, sugerir soluções, participar dos processos que
definem o futuro do país e, sobretudo, fortalecer as formas de organização
popular na luta por direitos essenciais negligenciados. “A questão da moradia, do teto, está na
reflexão central da Semana Social Brasileira porque, em primeiro lugar, é um
problema fundamental na sociedade brasileira. Não seremos autenticamente
democráticos se não tivermos esse direito garantido a todos e todas”, afirma o
bispo da diocese de Jales e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação
Sociotranformadora, dom José Reginaldo
Adrietta.
O tema central traz ainda como destaques as reflexões sobre
o acesso à terra e ao trabalho digno. “Trazer novamente o tema da terra para a
Semana Social Brasileira (SSB), a produção de alimentos saudáveis, a conservação
do meio ambiente, traduz a ideia que a gente tem para a construção dessa nação
brasileira”, destaca Ana Moraes, da Coordenação Nacional do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
“Quando nós afirmamos que um aspecto estruturante do tema central é o
trabalho, estamos propondo a reflexão a respeito das condições de vida das
trabalhadoras e trabalhadores no Brasil”, completa a economista, educadora
popular, integrante da Coordenação América Latina e Caribe da Rede Jubileu Sul,
Sandra Quintela.
A 6ª SSB é uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação
Sociotransformadora, com o envolvimento ativo das pastorais sociais da Igreja
Católica, dos movimentos populares do campo e da cidade, de organizações da
sociedade civil, igrejas cristãs, povos indígenas e comunidades tradicionais.
“Em sintonia com o papa Francisco que nos convida a ir até as periferias
existenciais e geográficas, que nos convoca para sermos uma Igreja em saída, a
CNBB também convoca todas as pessoas para a 6ª Semana Social Brasileira (6ª
SSB), o grande mutirão pela vida”, afirma o bispo da diocese de Pesqueira (PE)
e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora, dom José Luiz Ferreira.
O Mutirão é o caminho metodológico da 6ª SSB, portanto, uma
forma de convocar todos os cidadãos e cidadãs do Brasil ao engajamento concreto
pela superação das desigualdades sociais existentes no país. Para alcançar esse
objetivo a iniciativa terá como eixos transversais: a economia, a democracia e
a soberania. A 6ª SSB traz também a
inspiração do discurso do papa Francisco no 2º Encontro Mundial dos Movimentos
Populares, em 2015, na Bolívia, quando afirmou: “A solução para os grandes
problemas do mundo virá dos pequenos, dos excluídos, pois estes se movem com
outra lógica de vida”.
Para acompanhar e contribuir com as mobilizações da 6ª SSB
acesse, siga e compartilhe os perfis: @ssbrasileira (Facebook), @ssbrasileira
(Instagram), @ssbrasileira (Twitter) e SSBrasileira (YouTube). Em junho o site
ssb.org.br também estará disponível.
Histórico da Semana Social Brasileira (SSB)
A SSB é uma iniciativa que se realiza no Brasil desde 1991
inspirada na experiência da Igreja Católica na Europa, mais precisamente na
França. Em todos os países onde acontece, a SSB integra a ação evangelizadora
da Igreja. A França já celebrou o primeiro centenário da realização de Semanas
Sociais. A Itália realizou a 48ª Semana Social em outubro de 2017 e prepara sua
49ª prevista para fevereiro de 2021.
As Semanas Sociais articulam as forças populares e
intelectuais para debater questões sociopolíticas relevantes a cada país e
traça perspectivas para o presente e futuro, baseadas na Doutrina Social da
Igreja.
No Brasil, a década de 1990 marcou a realização das Semanas
Sociais Brasileiras (SSB), fruto de um rico processo de mobilização popular das
décadas de 1970 e 1980. Nesse período nasceram e se fortaleceram as pastorais
sociais que, junto com outros numerosos movimentos populares e organizações
sociais iniciaram o debate e a mobilização para construir o Projeto Popular
para o Brasil.
A 6ª Semana Social Brasileira vai promover a mobilização a
partir do tema central Mutirão pela Vida: por Terra, Teto e Trabalho, no
período de três anos (2020 e 2022). Um dos momentos centrais será o Seminário
Nacional para formação de articuladores e articuladoras, ainda sem data
prevista por causa da pandemia de Covid-19, outros momentos fundamentais serão
os Mutirões Regionais ao longo desse período de três anos.
Com informações da
Comissão para a Ação Sociotransformadora
Fonte: CNBB
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