Eis o texto.
Fui sacerdote católico da congregação de Maryknoll por 40 anos. Quando eu era jovem, aproximei-me da Maryknoll por causa do seu trabalho pela justiça e pela igualdade no mundo. Agora, é muito difícil e doloroso ser expulso da Maryknoll, da sua comunidade e do sacerdócio por acreditar que as mulheres também são chamadas a ser sacerdotes.
O Vaticano e a Maryknoll podem me despedir, mas não podem fazer desaparecer a questão da igualdade de gênero na Igreja Católica. A exigência por igualdade de gênero afunda suas raízes na justiça e na dignidade, e essas coisas não vão desaparecer.
Como católicos, professamos que Deus criou os homens e as mulheres com igual valor e dignidade. Como sacerdotes, professamos que o chamado ao sacerdócio vem de Deus, só de Deus. Como podemos nós, como homens, dizer que o chamado de Deus que nós recebemos é autêntico, mas o chamado de Deus para a mulher não o é?
A exclusão das mulheres do sacerdócio é uma grave injustiça contra as mulheres e contra a nossa Igreja, já que o nosso Deus é um Deus de amor que chama homens e mulheres a serem sacerdotes.
Frente a uma injustiça, o silêncio é a voz da cumplicidade. Minha consciência me obrigou a romper meu silêncio e a enfrentar o pecado do sexismo na minha Igreja. O único que eu lamento é que eu demorei tanto tempo para tomar uma posição de questionar o poder e a dominação masculina na Igreja Católica.
No meu livro My Journey from Silence to Solidarity [Do silêncio à solidariedade], explico mais detalhadamente a minha posição sobre a ordenação de mulheres e como cheguei a ter essas convicções.
Para mais informações, acesse www.roybourgeoisjourney.org.
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Fonte: IHU