Casos recentes de suicídio em faculdades brasileiras levantam importância do debate acerca da saúde mental dos estudantes.
Prazos apertados, múltiplas disciplinas, competitividade. Teses, citações, normas ABNT. Pressão em casa, pressão na sala de aula. Esgotamento físico e, principalmente, psicológico. Quadros de estresse e depressão têm sido recorrentes em estudantes brasileiros. A morte de uma aluna na Universidade de Brasília (UnB) na semana passada, e caso semelhante ocorrido na segunda-feira, 11, na Paraíba, lançaram luz sobre a necessidade de discutir a saúde mental de quem está dentro da sala de aula.
Os números se agravam à medida que o nível do diploma também avança. Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, 15% dos estudantes de nível superior apresentam algum quadro depressivo. A média geral de quem não passa pelos dissabores da vida acadêmica é de 4%. Outro estudo, desta vez publicado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), apontou que 41% dos estudantes de medicina brasileiros sofrem do mesmo mal. Mais um levantamento, também feito pela USP, apontou que 1 em cada três alunos de pós-graduação sentem-se deprimidos ou ansiosos.
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