O Papa Francisco lançou no dia primeiro de dezembro, em
Greccio, lugar onde São Francisco fez o primeiro presépio, a Carta Apostólica
“Admirabile signum” que retoma a origem, os símbolos e significados presentes
no presépio. Greccio, uma pequena cidade italiana com pouco mais de 1.500
habitantes, fica na região do Lazio, na província de Rieti, e a cerca de 60 Km
de Roma.
Segue a íntegra da Carta Apostólica “Admirabile signum”
CARTA APOSTÓLICA
ADMIRABILE SIGNUM
DO SANTO PADRE
FRANCISCO
SOBRE O SIGNIFICADO E VALOR DO PRESÉPIO
1. O SINAL ADMIRÁVEL do Presépio, muito amado pelo povo
cristão, não cessa de suscitar maravilha e enlevo. Representar o acontecimento
da natividade de Jesus equivale a anunciar, com simplicidade e alegria, o
mistério da encarnação do Filho de Deus. De facto, o Presépio é como um
Evangelho vivo que transvaza das páginas da Sagrada Escritura. Ao mesmo tempo
que contemplamos a representação do Natal, somos convidados a colocar-nos
espiritualmente a caminho, atraídos pela humildade d’Aquele que Se fez homem a fim
de Se encontrar com todo o homem, e a descobrir que nos ama tanto, que Se uniu
a nós para podermos, também nós, unir-nos a Ele.
Com esta Carta, quero apoiar a tradição bonita das nossas
famílias prepararem o Presépio, nos dias que antecedem o Natal, e também o
costume de o armarem nos lugares de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos
estabelecimentos prisionais, nas praças… Trata-se verdadeiramente dum exercício
de imaginação criativa, que recorre aos mais variados materiais para produzir,
em miniatura, obras-primas de beleza. Aprende-se em criança, quando o pai e a
mãe, juntamente com os avós, transmitem este gracioso costume, que encerra uma
rica espiritualidade popular. Almejo que esta prática nunca desapareça; mais,
espero que a mesma, onde porventura tenha caído em desuso, se possa redescobrir
e revitalizar.
2. A origem do Presépio fica-se a dever, antes de mais nada,
a alguns pormenores do nascimento de Jesus em Belém, referidos no Evangelho. O
evangelista Lucas limita-se a dizer que, tendo-se completado os dias de Maria
dar à luz, «teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa
manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria» (2, 7). Jesus é
colocado numa manjedoura, que, em latim, se diz praesepium, donde vem a nossa
palavra presépio.
Ao entrar neste mundo, o Filho de Deus encontra lugar onde
os animais vão comer. A palha torna-se a primeira enxerga para Aquele que Se há
de revelar como «o pão vivo, o que desceu do céu» (Jo6, 51). Uma simbologia,
que já Santo Agostinho, a par doutros Padres da Igreja, tinha entrevisto quando
escreveu: «Deitado numa manjedoura, torna-Se nosso alimento».[1]Na realidade, o
Presépio inclui vários mistérios da vida de Jesus, fazendo-os aparecer
familiares à nossa vida diária.
Passemos agora à origem do Presépio, tal como nós o
entendemos. A mente leva-nos a Gréccio, na Valada de Rieti; aqui se deteve São
Francisco, provavelmente quando vinha de Roma onde recebera, do Papa Honório
III, a aprovação da sua Regra em 29 de novembro de 1223. Aquelas grutas, depois
da sua viagem à Terra Santa, faziam-lhe lembrar de modo particular a paisagem
de Belém. E é possível que, em Roma, o «Poverello» de Assis tenha ficado
encantado com os mosaicos, na Basílica de Santa Maria Maior, que representam a
natividade de Jesus e se encontram perto do lugar onde, segundo uma antiga
tradição, se conservam precisamente as tábuas da manjedoura.
As Fontes Franciscanas narram, de forma detalhada, o que
aconteceu em Gréccio. Quinze dias antes do Natal, Francisco chamou João, um
homem daquela terra, para lhe pedir que o ajudasse a concretizar um desejo:
«Quero representar o Menino nascido em Belém, para de algum modo ver com os
olhos do corpo os incómodos que Ele padeceu pela falta das coisas necessárias a
um recém-nascido, tendo sido reclinado na palha duma manjedoura, entre o boi e
o burro».[2]Mal acabara de o ouvir, o fiel amigo foi preparar, no lugar
designado, tudo o que era necessário segundo o desejo do Santo. No dia 25 de
dezembro, chegaram a Gréccio muitos frades, vindos de vários lados, e também
homens e mulheres das casas da região, trazendo flores e tochas para iluminar
aquela noite santa. Francisco, ao chegar, encontrou a manjedoura com palha, o
boi e o burro. À vista da representação do Natal, as pessoas lá reunidas
manifestaram uma alegria indescritível, como nunca tinham sentido antes. Depois
o sacerdote celebrou solenemente a Eucaristia sobre a manjedoura, mostrando
também deste modo a ligação que existe entre a Encarnação do Filho de Deus e a
Eucaristia. Em Gréccio, naquela ocasião, não havia figuras; o Presépio foi
formado e vivido pelos que estavam presentes.[3]
Assim nasce a nossa tradição: todos à volta da gruta e
repletos de alegria, sem qualquer distância entre o acontecimento que se
realiza e as pessoas que participam no mistério.
O primeiro biógrafo de São Francisco, Tomás de Celano,
lembra que naquela noite, à simples e comovente representação se veio juntar o
dom duma visão maravilhosa: um dos presentes viu que jazia na manjedoura o
próprio Menino Jesus. Daquele Presépio do Natal de 1223, «todos voltaram para
suas casas cheios de inefável alegria»[4].
3. Com a simplicidade daquele sinal, São Francisco realizou
uma grande obra de evangelização. O seu ensinamento penetrou no coração dos
cristãos, permanecendo até aos nossos dias como uma forma genuína de repropor,
com simplicidade, a beleza da nossa fé. Aliás, o próprio lugar onde se realizou
o primeiro Presépio sugere e suscita estes sentimentos. Gréccio torna-se um
refúgio para a alma que se esconde na rocha, deixando-se envolver pelo
silêncio.
Por que motivo suscita o Presépio tanto enlevo e nos comove?
Antes de mais nada, porque manifesta a ternura de Deus. Ele, o Criador do
universo, abaixa-Se até à nossa pequenez. O dom da vida, sempre misterioso para
nós, fascina-nos ainda mais ao vermos que Aquele que nasceu de Maria é a fonte
e o sustento de toda a vida. Em Jesus, o Pai deu-nos um irmão, que vem
procurar-nos quando estamos desorientados e perdemos o rumo, e um amigo fiel,
que está sempre ao nosso lado; deu-nos o seu Filho, que nos perdoa e levanta do
pecado.
Armar o Presépio em nossas casas ajuda-nos a reviver a
história sucedida em Belém. Naturalmente os Evangelhos continuam a ser a fonte,
que nos permite conhecer e meditar aquele Acontecimento; mas, a sua
representação no Presépio ajuda a imaginar as várias cenas, estimula os afetos,
convida a sentir-nos envolvidos na história da salvação, contemporâneos daquele
evento que se torna vivo e atual nos mais variados contextos históricos e
culturais.
De modo particular, desde a sua origem franciscana, o
Presépio é um convite a «sentir», a «tocar» a pobreza que escolheu, para Si
mesmo, o Filho de Deus na sua encarnação, tornando-se assim, implicitamente, um
apelo para O seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento,
que parte da manjedoura de Belém e leva até à Cruz, e um apelo ainda a
encontrá-Lo e servi-Lo, com misericórdia, nos irmãos e irmãs mais necessitados
(cf. Mt 25, 31-46).
4. Gostava agora de repassar os vários sinais do Presépio
para apreendermos o significado que encerram. Em primeiro lugar, representamos
o céu estrelado na escuridão e no silêncio da noite. Fazemo-lo não apenas para
ser fiéis às narrações do Evangelho, mas também pelo significado que possui.
Pensemos nas vezes sem conta que a noite envolve a nossa vida. Pois bem, mesmo
em tais momentos, Deus não nos deixa sozinhos, mas faz-Se presente para dar
resposta às questões decisivas sobre o sentido da nossa existência: Quem sou
eu? Donde venho? Por que nasci neste tempo? Por que amo? Por que sofro? Por que
hei de morrer? Foi para dar uma resposta a estas questões que Deus Se fez
homem. A sua proximidade traz luz onde há escuridão, e ilumina a quantos
atravessam as trevas do sofrimento (cf. Lc 1, 79).
Merecem também uma referência as paisagens que fazem parte
do Presépio; muitas vezes aparecem representadas as ruínas de casas e palácios
antigos que, nalguns casos, substituem a gruta de Belém tornando-se a habitação
da Sagrada Família. Parece que estas ruínas se inspiram na Legenda Áurea, do
dominicano Jacopo de Varazze (século XIII), onde se refere a crença pagã
segundo a qual o templo da Paz, em Roma, iria desabar quando desse à luz uma
Virgem. Aquelas ruínas são sinal visível sobretudo da humanidade decaída, de
tudo aquilo que cai em ruína, que se corrompe e definha. Este cenário diz que
Jesus é a novidade no meio dum mundo velho, e veio para curar e reconstruir,
para reconduzir a nossa vida e o mundo ao seu esplendor originário.
5. Uma grande emoção se deveria apoderar de nós, ao
colocarmos no Presépio as montanhas, os riachos, as ovelhas e os pastores! Pois
assim lembramos, como preanunciaram os profetas, que toda a criação participa
na festa da vinda do Messias. Os anjos e a estrela-cometa são o sinal de que
também nós somos chamados a pôr-nos a caminho para ir até à gruta adorar o
Senhor.
«Vamos a Belém ver o que aconteceu e que o Senhor nos deu a
conhecer» (Lc 2, 15): assim falam os pastores, depois do anúncio que os anjos
lhes fizeram. É um ensinamento muito belo, que nos é dado na simplicidade da
descrição. Ao contrário de tanta gente ocupada a fazer muitas outras coisas, os
pastores tornam-se as primeiras testemunhas do essencial, isto é, da salvação
que nos é oferecida. São os mais humildes e os mais pobres que sabem acolher o
acontecimento da Encarnação. A Deus, que vem ao nosso encontro no Menino Jesus,
os pastores respondem, pondo-se a caminho rumo a Ele, para um encontro de amor
e de grata admiração. É precisamente este encontro entre Deus e os seus filhos,
graças a Jesus, que dá vida à nossa religião e constitui a sua beleza singular,
que transparece de modo particular no Presépio.
6. Nos nossos Presépios, costumamos colocar muitas figuras
simbólicas. Em primeiro lugar, as de mendigos e pessoas que não conhecem outra
abundância a não ser a do coração. Também estas figuras estão próximas do
Menino Jesus de pleno direito, sem que ninguém possa expulsá-las ou afastá-las
dum berço de tal modo improvisado que os pobres, ao seu redor, não destoam
absolutamente. Antes, os pobres são os privilegiados deste mistério e, muitas vezes,
aqueles que melhor conseguem reconhecer a presença de Deus no meio de nós.
No Presépio, os pobres e os simples lembram-nos que Deus Se
faz homem para aqueles que mais sentem a necessidade do seu amor e pedem a sua
proximidade. Jesus, «manso e humilde de coração» (Mt 11, 29), nasceu pobre,
levou uma vida simples, para nos ensinar a identificar e a viver do essencial.
Do Presépio surge, clara, a mensagem de que não podemos deixar-nos iludir pela
riqueza e por tantas propostas efémeras de felicidade. Como pano de fundo,
aparece o palácio de Herodes, fechado, surdo ao jubiloso anúncio. Nascendo no
Presépio, o próprio Deus dá início à única verdadeira revolução que dá
esperança e dignidade aos deserdados, aos marginalizados: a revolução do amor,
a revolução da ternura. Do Presépio, com meiga força, Jesus proclama o apelo à
partilha com os últimos como estrada para um mundo mais humano e fraterno, onde
ninguém seja excluído e marginalizado.
Muitas vezes, as crianças (mas os adultos também!) gostam de
acrescentar, no Presépio, outras figuras que parecem não ter qualquer relação
com as narrações do Evangelho. Contudo esta imaginação pretende expressar que,
neste mundo novo inaugurado por Jesus, há espaço para tudo o que é humano e
para toda a criatura. Do pastor ao ferreiro, do padeiro aos músicos, das
mulheres com a bilha de água ao ombro às crianças que brincam… tudo isso
representa a santidade do dia a dia, a alegria de realizar de modo
extraordinário as coisas de todos os dias, quando Jesus partilha connosco a sua
vida divina.
7. A pouco e pouco, o Presépio leva-nos à gruta, onde
encontramos as figuras de Maria e de José. Maria é uma mãe que contempla o seu
Menino e O mostra a quantos vêm visitá-Lo. A sua figura faz pensar no grande
mistério que envolveu esta jovem, quando Deus bateu à porta do seu coração
imaculado. Ao anúncio do anjo que Lhe pedia para Se tornar a mãe de Deus, Maria
responde com obediência plena e total. As suas palavras – «eis a serva do
Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38) – são, para todos
nós, o testemunho do modo como abandonar-se, na fé, à vontade de Deus. Com
aquele «sim», Maria tornava-Se mãe do Filho de Deus, sem perder – antes, graças
a Ele, consagrando – a sua virgindade. N’Ela, vemos a Mãe de Deus que não guarda
o seu Filho só para Si mesma, mas pede a todos que obedeçam à palavra d’Ele e a
ponham em prática (cf. Jo 2, 5).
Ao lado de Maria, em atitude de quem protege o Menino e sua
mãe, está São José. Geralmente, é representado com o bordão na mão e, por vezes,
também segurando um lampião. São José desempenha um papel muito importante na
vida de Jesus e Maria. É o guardião que nunca se cansa de proteger a sua
família. Quando Deus o avisar da ameaça de Herodes, não hesitará a pôr-se em
viagem emigrando para o Egito (cf. Mt 2, 13-15). E depois, passado o perigo,
reconduzirá a família para Nazaré, onde será o primeiro educador de Jesus, na
sua infância e adolescência. José trazia no coração o grande mistério que
envolvia Maria, sua esposa, e Jesus; homem justo que era, sempre se entregou à
vontade de Deus e pô-la em prática.
8. O coração do Presépio começa a palpitar, quando colocamos
lá, no Natal, a figura do Menino Jesus. Assim Se nos apresenta Deus, num
menino, para fazer-Se acolher nos nossos braços. Naquela fraqueza e
fragilidade, esconde o seu poder que tudo cria e transforma. Parece impossível,
mas é assim: em Jesus, Deus foi criança e, nesta condição, quis revelar a
grandeza do seu amor, que se manifesta num sorriso e nas suas mãos estendidas
para quem quer que seja.
O nascimento duma criança suscita alegria e encanto, porque
nos coloca perante o grande mistério da vida. Quando vemos brilhar os olhos dos
jovens esposos diante do seu filho recém-nascido, compreendemos os sentimentos
de Maria e José que, olhando o Menino Jesus, entreviam a presença de Deus na
sua vida.
«De facto, a vida manifestou-se» (1 Jo 1, 2): assim o
apóstolo João resume o mistério da Encarnação. O Presépio faz-nos ver, faz-nos
tocar este acontecimento único e extraordinário que mudou o curso da história e
a partir do qual também se contam os anos, antes e depois do nascimento de
Cristo.
O modo de agir de Deus quase cria vertigens, pois parece
impossível que Ele renuncie à sua glória para Se fazer homem como nós. Que
surpresa ver Deus adotar os nossos próprios comportamentos: dorme, mama ao
peito da mãe, chora e brinca, como todas as crianças. Como sempre, Deus gera
perplexidade, é imprevisível, aparece continuamente fora dos nossos esquemas.
Assim o Presépio, ao mesmo tempo que nos mostra Deus tal como entrou no mundo,
desafia-nos a imaginar a nossa vida inserida na de Deus; convida a tornar-nos
seus discípulos, se quisermos alcançar o sentido último da vida.
9. Quando se aproxima a festa da Epifania, colocam-se no
Presépio as três figuras dos Reis Magos. Tendo observado a estrela, aqueles
sábios e ricos senhores do Oriente puseram-se a caminho rumo a Belém para
conhecer Jesus e oferecer-Lhe de presente ouro, incenso e mirra. Estes
presentes têm também um significado alegórico: o ouro honra a realeza de Jesus;
o incenso, a sua divindade; a mirra, a sua humanidade sagrada que experimentará
a morte e a sepultura.
Ao fixarmos esta cena no Presépio, somos chamados a refletir
sobre a responsabilidade que cada cristão tem de ser evangelizador. Cada um de
nós torna-se portador da Boa-Nova para as pessoas que encontra, testemunhando a
alegria de ter conhecido Jesus e o seu amor; e fá-lo com ações concretas de
misericórdia.
Os Magos ensinam que se pode partir de muito longe para
chegar a Cristo: são homens ricos, estrangeiros sábios, sedentos de infinito,
que saem para uma viagem longa e perigosa e que os leva até Belém (cf. Mt 2,
1-12). À vista do Menino Rei, invade-os uma grande alegria. Não se deixam
escandalizar pela pobreza do ambiente; não hesitam em pôr-se de joelhos e
adorá-Lo. Diante d’Ele compreendem que Deus, tal como regula com soberana
sabedoria o curso dos astros, assim também guia o curso da história, derrubando
os poderosos e exaltando os humildes. E de certeza, quando regressaram ao seu
país, falaram deste encontro surpreendente com o Messias, inaugurando a viagem
do Evangelho entre os gentios.
10. Diante do Presépio, a mente corre de bom grado aos
tempos em que se era criança e se esperava, com impaciência, o tempo para
começar a construí-lo. Estas recordações induzem-nos a tomar consciência sempre
de novo do grande dom que nos foi feito, transmitindo-nos a fé; e ao mesmo
tempo, fazem-nos sentir o dever e a alegria de comunicar a mesma experiência
aos filhos e netos. Não é importante a forma como se arma o Presépio; pode ser
sempre igual ou modificá-la cada ano. O que conta, é que fale à nossa vida. Por
todo o lado e na forma que for, o Presépio narra o amor de Deus, o Deus que Se
fez menino para nos dizer quão próximo está de cada ser humano,
independentemente da condição em que este se encontre.
Queridos irmãos e irmãs, o Presépio faz parte do suave e
exigente processo de transmissão da fé. A partir da infância e, depois, em cada
idade da vida, educa-nos para contemplar Jesus, sentir o amor de Deus por nós,
sentir e acreditar que Deus está connosco e nós estamos com Ele, todos filhos e
irmãos graças àquele Menino Filho de Deus e da Virgem Maria. E educa para
sentir que nisto está a felicidade. Na escola de São Francisco, abramos o
coração a esta graça simples, deixemos que do encanto nasça uma prece humilde:
o nosso «obrigado» a Deus, que tudo quis partilhar connosco para nunca nos
deixar sozinhos.
Dado em Gréccio, no Santuário do Presépio, a 1 de dezembro
de 2019, sétimo do meu pontificado.
Franciscus
[1] Santo Agostinho, Sermão 189, 4.
[2] Tomás de Celano, Vita Prima, 85: Fontes Franciscanas,
468.
[3] Cf.
ibid., 85: o. c., 469.
[4] Ibid.,
86: o. c., 470.
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