1. Não seja um dos “machões do coronavírus”. Não diga que
todo mundo está louco e que você é o grande
sensato-corajoso-que-não-tem-medo-de-nada, que nunca usará máscaras e que, se
pudesse, estaria agora em Milão comendo uma carbonara. Não minimize a gravidade
de situação. Respeite esse momento delicado.
2. Não surte. Não se torne monotemático. Não passe horas e
horas atrás de notícias, jornais, desgraças. Se mantenha informado na medida do
necessário. Mas não se torture, não crie seu próprio pânico, nem crie pânico
nos que te cercam.
3. Não seja egoísta. Não esvazie prateleiras de
supermercado. Não ache que a sua família importa mais do que as outras. Pense
que há mais crianças, mais idosos, mais pessoas doentes. Pare de olhar apenas
para o seu próprio umbigo. Todos temos bom senso, mas nem todos fazem uso dele.
4. Não seja um fanfarrão. Se suas aulas ou trabalho foram
suspensos, não encare isso como férias. Não lote praias, transportes, shopping
centers, festas. Entenda que quando você se coloca em risco, você coloca todo
mundo em risco.
5. Aceite que vai ser uma fase difícil. Ninguém gosta de
mudar os planos, de ficar fechado em casa, de cancelar viagens, de perder dias
de sol na praia. Tem que ser uma fase de sacrifícios de todos em nome do bem
coletivo. Nem sempre a vida é como a gente queria que fosse.
6. Não repasse informação questionável. Avalie os conteúdos.
Quem escreveu aquilo? Tem certeza? É uma fonte segura? Não faz muito sentido
acreditar que o chá de cidreira, erva doce ou menta resolve todo o problema.
Basta pensar um pouquinho. Confie nas informações dos ministérios, das OMS, dos
jornais sérios, não em qualquer bobagem que chega via whatsapp.
7. Não crie pânico nas crianças. Elas são sensíveis e têm
tanto medo quando a gente (ou mais). Diga as coisas de forma leve, porém
eficaz. Ensine-os a lavarem bem as mãos e a se protegerem, mas não use o vírus
como ameaça. Poupe os pequenos, sempre que possível.
8. Entenda que suas atitudes refletem na vida dos outros. No
Direito, há um princípio chamado “supremacia do interesse público sobre o
privado”. Nesse momento, o coletivo importa mais do que o individual. Suas
vontades têm que estar em segundo plano. Se você ficar doente, você
representará um custo ao Estado, você ocupará um leito de hospital, você poderá
contaminar outras pessoas. Não se trata de “ah, se eu pegar a doença tudo bem,
sou saudável, não devo morrer”. A coisa vai muito além de você.
9. Pense nos policiais, médicos e enfermeiros, nos
profissionais da área da saúde e segurança. Você não acha que eles preferiam
estar em casa, em vez de se sujeitarem aos riscos de contaminação? Antes de
decidir ir ao estádio, às discotecas, às igrejas ou a qualquer local de risco
desnecessário, lembre-se deles. Pense que há pessoas colocando a vida em risco
em nome do nosso bem-estar. E se você não for capaz de relativizar suas
vontades mesmo assim, saiba que você é um raio de um egoísta.
10. Dê suporte aos outros. Ligue aos seus amigos. Pergunte
se sua vizinha idosa precisa de algo. Sugira alterações na rotinas dos seus
pais e avós. Obedeça às diretrizes. Lave as mãos direito e com frequência.
Cubra a boca para tossir. Evite aglomerações. Faça alguns sacrifícios.
Demonstre seu afeto com a sua generosidade e não com seus beijos e abraços.
Respeite o outro. Não pode ser tão difícil assim. Se não formos completos
idiotas, talvez dê certo!
(desconheço ao autor - recebi em meu WhatsApp)
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